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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Análise foliar complementa a de solo

Givago Coutinho Doutor em Fruticultura e professor efetivo do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)givago_agro@hotmail.com

Folhas de café – Crédito: Shutterstock

No estabelecimento do programa de adubação do cafezal, muitos fatores devem ser observados, dentre eles a fertilidade do solo, variedades, espaçamento, vigor, carga pendente, ou seja, fatores indicativos do potencial produtivo e as necessidades do cafeeiro a ser adubado, além, claro, da análise foliar (Pereira et al., 1996).

Neste sentido, para a correta indicação de adubação, o cafeicultor conta com duas importantes ferramentas como critério de decisão para melhoria do estado nutricional do cafeeiro: as análises de solo e foliar.

A amostragem correta do solo para realização de análise química possibilita o diagnóstico da situação atual do solo no que concerne seu potencial de fornecimento nutricional para as plantas (Chaves, 2002).

Já a análise foliar é uma prática importante a ser realizada todos os anos nos cafezais, uma vez que ela permite a diagnose do estado nutricional da planta. Entretanto, ela não deve ser usada em substituição à análise de solo, e sim como uma complementação e, dessa forma, auxiliar na tomada de decisão para as próximas adubações.

Assim, a utilização conjunta dessas ferramentas auxilia o produtor na tomada de decisão sobre o que, quanto e quando aplicar os adubos, potencializando a produção e evitando prejuízos com uma adubação racional e preservando os atributos de qualidade da produção.

Por que a análise de folha é fundamental?

Análises de solos e foliares realizadas em laboratórios de qualidade proporcionam segurança aos cafeicultores no momento de emissão de diagnósticos corretos e recomendações mais racionais. Diagnósticos corretos permitem proceder à escolha das doses e tipos de calcário e fertilizante ideais para o cafezal.

A avaliação do estado nutricional das folhas é uma importante ferramenta na identificação e correção de deficiências e desequilíbrios nutricionais, monitorando, avaliando e corrigindo o programa de adubação (Fundação Procafé, 2020).

Manejo

Segundo Mesquita et al. (2016), a amostragem para correta análise foliar do cafeeiro pode ser feita da seguinte forma:

ð Época:

” Cafeicultura de sequeiro – é realizada na fase de chumbinho/chumbão, antes da fase de expansão rápida dos frutos e da granação (geralmente de novembro até meados de dezembro). Importante que seja respeitado um intervalo mínimo de 30 dias desde a última adubação realizada na área, seja via solo ou foliar.

” Cafeicultura irrigada – recomenda-se a sua realização em intervalos menores, como bimestralmente, por exemplo.

ð Divisão da área: a divisão deve ser feita em talhões, semelhante à que é feita para a amostragem de solo, no caminhamento em zigue-zague.

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