StoneX calcula exportações brasileiras em 82 milhões de toneladas e demanda doméstica em 48 milhões de toneladas

Apesar de as condições não terem sido ideais, a safra 2020/21 de soja caminha para um recorde, situação bem vinda em meio à demanda mundial aquecida e às perspectivas de estoques baixos nos Estados Unidos. “De qualquer forma, esse potencial resultado não significa um grande alívio para o balanço mundial, com o Brasil devendo ter exportações acima de 80 milhões de toneladas, além da continuidade do crescimento da demanda doméstica”, avalia a analista de inteligência de mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi.
A StoneX calcula exportações brasileiras em 82 milhões de toneladas e demanda doméstica em 48 milhões de toneladas (contra 83 mi ton e 46,5 mi ton, respectivamente, no ciclo 2019/20). Com uso total de 130 milhões de toneladas de toneladas da oleaginosa, os estoques finais totalizariam 3,28 mi ton.
Em sua revisão de fevereiro, o grupo anunciou sua expectativa de produção em 132,77 milhões de toneladas, aumento de apenas 0,1% frente ao divulgado no mês anterior. “Essa pequena elevação ocorreu pelo ajuste na produtividade de estados como Pará, Maranhão, Piauí e São Paulo, além do Rio Grande do Sul, onde o maior volume de chuvas melhorou as perspectivas”, afirmou, em relatório.
Por outro lado, no Paraná, houve uma redução do potencial produtivo, em pouco mais de 800 mil toneladas, o que impediu um crescimento maior do volume nacional.
O clima em fevereiro ainda precisa ser acompanhado, não só quanto à viabilização da colheita, mas também em relação ao desenvolvimento do que foi semeado mais tarde.

