Éder Jr de Oliveira Zampar – Engenheiro agrônomo e mestrando em Solos e Nutrição de Plantas – Universidade Estadual de Maringá (UEM) – eder_zampar@hotmail.com
Priscila Angelotti Zampar – Engenheira agrônoma e doutoranda em Proteção de Plantas – UEM
Gustavo Adelcio Reis Dias / Matheus Yudi Nakashima Braga – Graduandos em Agronomia e estagiário – Grupo de Estudos em Solos e Nutrição de Plantas (GESSO-UEM)

As produtividades de soja veem crescendo a cada ano e, juntamente com esse aumento de produção, temos a necessidade de nutrir melhor a cultura, pois produzindo mais grãos aumenta a extração de nutrientes por tonelada de grão produzido. Nesse contexto de aumento de produtividade e diminuição dos estresses que a cultura pode sofrer, temos utilizado a adubação foliar como uma ferramenta de manejo na cultura.
Na atualidade, os materiais de soja utilizados possuem altos tetos produtivos, mas que em muitas situações não são alcançados devido às perdas que ocorrem no decorrer da cultura, as quais podem chegar a até 75%, sendo que nessa porcentagem, 10% são devido a fatores bióticos, como pragas, insetos e doenças, que conseguem ser controlados de forma mais fácil.
A parte restante, 65%, são devido aos estresses ocasionados por fatores abióticos, como a temperatura, a disponibilidade de água e a fertilidade do solo.
Formas de adubação foliar
A adubação foliar pode ser utilizada com o intuito de complementar a adubação via solo, afim de suplementar a cultura de algum nutriente. Pode ser utilizada de forma preventiva, afim de nutrir a planta com um nutriente que ela possa sofrer deficiência, a exemplo da recomendação de produtos contendo Ca e B no início do período reprodutivo. Estes podem proporcionar aumento no número de vagens, no peso de grãos e número de grãos por vagem, pelo fato de estarem relacionados com a fertilização dos ovários, reduzindo o abortamento.
A adubação foliar pode ser utilizada afim de corrigir deficiências de nutrientes, porém, nessas situações em que a planta expressa o sintoma de deficiência, mesmo fornecendo o nutriente afim de corrigir a deficiência, a planta já perdeu parte do seu potencial produtivo, pois, além de tudo, sofreu o estresse por um determinado tempo pela deficiência do nutriente.
Pode-se utilizar essa adubação foliar em situações onde as plantas já estão bem nutridas, afim apenas de estimulação, melhorando sua taxa fotossintética ou até mesmo aumentando a ativação enzimática pelo fornecimento de nutrientes específicos.
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