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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Enxofre no milho safrinha

Crédito: Shutterstock

Aldeir Ronaldo Silva

Engenheiro agrônomo, doutorando direto em Fisiologia e Bioquímica de Plantas – ESALQ/USP.

aldeironaldo@usp.br

Diogo Capelin

Engenheiro agrônomo e doutor em Fisiologia e Bioquímica de Plantas – ESALQ/USP

diogocapelin@alumni.usp.br

O avanço tecnológico que vem sendo alcançado no cultivo do milho no Brasil nos últimos anos tem resultado em ganhos significativos de produção. Associado a isso está o aumento na demanda por nutrientes do solo, o que nos remete à necessidade do adequado manejo de fertilidade visando não somente o suprimento das necessidades da cultura para uma determinada safra, mas também a manutenção ou melhoria do solo pela reposição dos nutrientes exportados em função da colheita.

Segundo Coelho et al (2008), a extração de nutrientes pela cultura do milho aumenta linearmente com o aumento da produtividade. No que se refere à exportação dos nutrientes, o fósforo absorvido é quase todo translocado para os grãos (77 a 86 %), seguindo-se o nitrogênio (70 a 77 %), o enxofre (60 %), o magnésio (47 a 69 %), o potássio (26 a 43 %) e o cálcio (3 a 7 %).

Dentre estes, o enxofre (S) é um elemento que merece destaque, pois pode se tornar limitante devido a alguns fatores, como emprego de fertilizantes mais concentrados, mas que não possuem enxofre na formulação, cultivo intensivo sem rotação de culturas, redução do uso de sulfato de amônio em cobertura e redução do teor de matéria orgânica nos solos.

Tudo isso pode ser severamente agravado quando o milho é produzido para silagem, quando praticamente toda a parte aérea da planta é exportada, acelerando assim a manifestação de problemas de fertilidade no solo e nutricionais nas culturas.

Em condições deficientes em S, a eficiência do uso dos outros nutrientes com o nitrogênio, fósforo e potássio pode ser seriamente afetada e os altos rendimentos podem não ser sustentados.

Rotas fisiológicas do milho safrinha

O enxofre tem funções específicas durante o crescimento da planta, sendo importante no metabolismo e reações enzimáticas. Está envolvido na síntese de diversos aminoácidos, como cistina, cisteína e metionina.

O enxofre também é um constituinte da coenzimas-A, biotina e tiamina. Está envolvido no transporte de elétrons, pelos agrupamentos de ferro-enxofre, conhecido como ferredoxina, fundamentais para o processo da fotossíntese das plantas.

Além disso a ferredoxina reduzida atua como doadora de elétrons para a conversão de nitrito em amônio, reação catalisada pela enzima nitrito redutase, durante o processo de assimilação de nitrogênio nas plantas (Taiz e Zeiger 2015).

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