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quarta-feira, maio 7, 2025
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A importância da correção do solo

Rafael Rosa Rocha

Engenheiro agrônomo e mestrando em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola – Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

rafaelrochaagro@outlook.com

Mozart Sávio Pires Baptista

Biólogo e mestre em Evolução e Diversidade – Universidade Federal do ABC (UFABC)

mozartbaptista@gmail.com

Filipe Lemos Jacques

Engenheiro agrônomo e doutorando em Produção Vegetal – Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

fljacques@gmail.com

A correção de solo tem como objetivo principal estabelecer o equilíbrio entre cátions e íons no solo, disponibilizando nutrientes para que as plantas se desenvolvam de forma saudável, o que possibilita o alcance do seu máximo potencial produtivo, ao mesmo tempo que evita e/ou diminui ataques de pragas e doenças.

Por meio da análise de solo pode-se saber como está a saúde do solo, e assim determinar de forma correta o tipo de correção necessária. Contudo, esta prática tem sido historicamente negligenciada quando se trata de espécies florestais, pois estas são consideradas mais tolerantes.

Atualmente, sabe-se que realizar a correção do solo antes do plantio e periodicamente ao longo dos anos gera aumento de produtividade em termos de biomassa e tempo de uso do solo. Assim, as metodologias de correção do solo têm recebido cada vez mais atenção para culturas perenes.

A correção do solo

Em sua maioria, os solos brasileiros são considerados naturalmente ácidos, basicamente pela presença dos íons H+ e Al+3. Os acúmulos desses íons têm sua origem pela lixiviação dos nutrientes do solo, pela decomposição de resíduos orgânicos e pela liberação de ácidos orgânicos das raízes das plantas, podendo ser causado tanto por processos geológicos quanto contemporâneos.

A maior parte dos solos brasileiros é antiga e intemperizada. Por milhares de anos os nutrientes “escoaram” do perfil do solo, principalmente pela ação das chuvas, tornando-os ácidos e pobres em nutrientes.

De acordo com Eurípedes Malavolta, grande pesquisador brasileiro de Ciências do Solo, a faixa ideal de pH onde os nutrientes do solo tornam-se mais disponíveis para as plantas está entre 6,0 e 6,5. Na região dos Cerrados, por exemplo, onde concentram-se as maiores áreas agrícolas do País, o pH do solo varia de 3 a 6, ou seja, muito ácidos.

Então, para um bom desenvolvimento, as plantas necessitam de um solo que forneça todos os nutrientes essenciais em quantidades suficientes para atender sua demanda durante todo seu ciclo de cultivo. Sendo assim, para suprir essa demanda, a maioria dos solos necessita de correção de acidez e adubação.

A correção dos solos é feita pela calagem e/ou gessagem, que são práticas onde é feita a incorporação de calcário e gesso na superfície do solo. O calcário atua neutralizando íons H+ e Al+3 nas camadas superficiais, elevando o pH do solo, e fornecendo cálcio e magnésio.

Já o gesso agrícola, que nada mais é que um subproduto da produção do fertilizante superfosfato, é responsável pela neutralização do Al+3 nas camadas mais profundas do solo e também por fornecer cálcio e enxofre, nutrientes importantes para o desenvolvimento das raízes das plantas. Então, qual a importância dessa correção?

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