Marcela Caetano Lopes – Bióloga, doutoranda em Agronomia – FCA/UNESP e professora – Faculdade “Doutor Francisco Maeda” (FAFRAM/FE) – macaetano20@hotmail.com
Saulo Strazeio Cardoso – Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia e professor – Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU) e FAFRAM/FE – saulo.cardoso@fazu.br
Andreza Lopes do Carmo – Química e graduanda em Agronomia – Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – andrezalopesdocarmo@hotmail.com

As substâncias húmicas podem ser subdivididas em três frações: ácido húmico, ácido fúlvico e humina, sendo os principais componentes do carbono orgânico do solo. O ácido húmico constitui a fração reativa mais estável da matéria orgânica, cujas moléculas são solúveis em meio alcalino e insolúveis em meio ácido, com alto peso molecular e elevada capacidade de troca catiônica.
Relação com o tomateiro
Os principais efeitos dos ácidos húmicos para as plantas estão relacionados com o sistema radicular e a influência na formação de raízes laterais e adventícias, o alongamento radicular e o aumento dos pelos radiculares.
Esses efeitos incrementam a massa radicular e a área de superfície das raízes, contribuindo para maior absorção de água e de nutrientes. Além dos efeitos diretos na morfologia e na fisiologia radicular, os ácidos húmicos também atuam indiretamente, modificando a química e a dinâmica microbiana da rizosfera, por influenciarem a exsudação de ácidos orgânicos e de açúcares pelas raízes, interferindo nas interações solo-microbiota-planta, sobretudo na disponibilidade e na assimilação de nutrientes.
No solo
Os ácidos húmicos são capazes de influenciar nas propriedades físico-químicas dos solos, por meio da interação com metais e compostos orgânicos. Nas plantas, os ácidos húmicos proporcionam efeitos positivos no metabolismo das plantas relacionados à atividade semelhante ao hormônio (auxina, giberelina ou atividade semelhante à citocina), devido a mudanças na arquitetura da raiz, aumento da atividade da H + – ATPase da membrana plasmática da raiz, elevando a absorção de nitrato e outros nutrientes pelas plantas.
Tudo isso contribui para o afrouxamento da parede celular e da célula, e crescimento de órgãos. Os ácidos húmicos influenciam também no incremento da biomassa total da planta, na absorção de íons pela raiz, na acidificação da rizosfera pelas raízes, na alocação de nutrientes nas folhas, promovem o crescimento e têm o poder de induzir alterações no metabolismo primário e secundário das plantas, ligado à tolerância ao estresse.
Resultados comprovados
A produção do tomateiro com ácidos húmicos e fúlvicos pode ser aumentada quando esses compostos são aplicados dentro de um manejo nutricional associado com fontes convencionais, principalmente em solos arenosos.
Estudos realizados por Lima et al. avaliaram a aplicação de quatro doses de ácidos húmicos juntamente com um produto comercial aplicado a cada oito dias, em quatro parcelamentos, a partir do oitavo dia de transplantio, porém, os autores não verificaram aumento de produção por área.
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