Victor Antonio Moutinho Sgarbi – Graduando em Agronomia – Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral (FAEF, Garça – SP) – victor.a.m.sgarbi@gmail.com
Marcelo de Souza Silva – mrcsouza18@gmail.com
Rogério Zanarde Barbosa – rogeriozanarde@gmail.com
Engenheiros agrônomos, doutores e professores do curso de Agronomia e Engenharia Florestal – FAEF – Garça – SP
A agricultura mundial vem se desenvolvendo cada vez mais em todos os setores, e isso não é diferente na área das pulverizações. Técnicas para reduzir o desperdício de produtos, melhorar a eficiência, diminuir os custos e, consequentemente, atingir o melhor custo-benefício são cada vez mais utilizadas e aprovadas pelos usuários. É neste cenário que se enquadram os adjuvantes agrícolas.
Quem são eles
Os adjuvantes são substâncias ou compostos sem propriedades fitossanitárias que, misturados aos produtos formulados, geram um ganho no potencial da aplicação, obtendo assim melhores resultados e, em alguns casos, uma economia financeira ao produtor.
Essa otimização dos insumos, sobretudo dos defensivos agrícolas, tem sido desejo de muitos produtores, especialmente nos últimos anos, em que foram registrados aumentos consideráveis destes produtos.
De modo geral, os adjuvantes vão aumentar a área de contato e a absorção do produto por parte da planta. Vale destacar que existem dois grupos de adjuvantes – os surfactantes, responsáveis por modificar as propriedades da superfície dos líquidos e assim proporcionar um melhor ajuste entre diferentes substâncias e a distribuição da pulverização; e os aditivos, que são responsáveis por aumentar a absorção do ingrediente ativo pelo fato de atuar, diretamente, sobre a cutícula das plantas.
Atuação
Adjuvantes surfactantes interferem na eficiência da aplicação de modo que:
– Aumentam a capacidade de absorção das gotículas em superfícies da planta que sejam fáceis de molhar;
– Reduzem as tensões interfaciais e facilitam o transporte da substância entre as paredes celulares da planta;
– Promovem a penetração, pois aumentam a área de contato com a folha por meio da maior difusão das gotas;
– Aumentam a entrada direta pelos estômatos, pois reduzem a tensão superficial da solução de pulverização;
– Aumentam a penetração na cutícula, pelo fato de atuarem como solubilizantes.
Os surfactantes são divididos em subgrupos conforme suas propriedades:
1 – Espalhantes: possuem como principal função a redução na tensão superficial das gotas, aumentando assim sua dispersão no momento da aplicação.
2 – Aderentes: aumentam a aderência do produto com a superfície da planta, diminuindo o escorrimento das gotas e reduzindo sua lavagem, em caso de chuvas fortes.
3 – Molhantes (umectantes): atuam reduzindo a evaporação da água, fazendo com que as gotas fiquem na planta por mais tempo, recomendados em locais de baixa umidade e alta temperatura.
4 – Detergentes: atuam na limpeza de impurezas na superfície das folhas, como a poeira, aumentando assim o contato do produto com a área desejada.
5 – Emulsificantes: atuam sobre a superfície dos líquidos, reduzindo a tensão interfacial de dois líquidos imisturáveis e permitindo assim sua junção, como por exemplo água e óleo. Os emulsificantes também podem ter efeito espalhante, aderente e umectante.
6 – Dispersantes: diminuem as coesões entre as partículas, evitando aglomerações e tornando seu “distanciamento” mais duradouro.
Tipos
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