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segunda-feira, abril 21, 2025
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Adubação potássica: Essencial para milho e soja

Autores

Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)idalinepessoa@hotmail.com

Anne Carolline Maia LinharesLicenciada em Ciência Agrárias e Doutoranda em Ciência do Solo – UFPBanemaia-16@hotmail.com

José Celson Braga Fernandes Engenheiro agrônomo, doutorando em Biocombustíveis – UFU/UFVJM e fundador da Agro+ – celsonbraga@yahoo.com.br

Soja – Fotos: Shutterstock

O potássio (K) é um nutriente essencial para as culturas, sendo o segundo elemento mais absorvido pelas plantas por estar associado a estresses bióticos e abióticos, à qualidade de sementes e grãos, resistência a doenças fúngicas e outras funções, o que o torna determinante para a produtividade.

O potássio atua na ativação enzimática, tendo expressão significativa sobre a regulação dos estômatos e o controle osmótico dos tecidos. Quando em estado de déficit, as plantas apresentam alguns sintomas visuais, que aparecem inicialmente nas folhas mais velhas, com uma clorose seguida de necrose nas margens e pontas (Epstein; Bloom; 2006; Malavolta, 2006).

O manejo da adubação é essencial para isso, principalmente pela baixa fertilidade dos solos brasileiros. Mas, com o conhecimento de alguns conceitos sobre planta, solo e nutrientes, podemos aumentar a eficiência dos insumos e minimizar os riscos da cultura.

Como escolher e aplicar o potássio?

Entre os nutrientes mais utilizados pelos agricultores brasileiros estão os potássicos (cloreto e sulfato de potássio). A adubação potássica pode ser realizada tanto no sulco de semeadura quanto a lanço (Borkert et al., 2005b), sendo a aplicação a lanço antes da semeadura recomendada preferencialmente em solos de textura argilosa, com teores médios e bons de K.

A fonte mais empregada de potássio é o cloreto de potássio (KCl) (cerca de 96%). Doses acima de 60 kg de K2O ha-1 podem causar danos ao processo germinativo e à plântula, devido ao efeito salino do KCl (Chueiri et al., 2004)

Vários fatores são levados em consideração na aplicação para melhor aproveitamento deste elemento, como o tipo e a quantidade do fertilizante escolhido (solubilidade, granulometria), características do solo (textura, teor de matéria orgânica), da planta cultivada (forma de plantio, fisiologia da planta, morfologia da raiz) e como ocorre o contato do nutriente com as raízes.

A soja exige um alto consumo de K e também se mostra eficiente no aproveitamento desse nutriente ao longo do perfil do solo, com quantidades exportadas maiores que nas outras culturas, alcançando mais de 50% do total absorvido (Oliveira Junior et al., 2013).

Essencialidade

O K apresenta importância na nutrição mineral da cultura da soja por participar na formação de nódulos e aumentar o teor de óleo. A demanda de potássio é de aproximadamente 38 kg de K2O para a produção de uma tonelada do grão de soja, sendo que esta necessidade pode variar entre variedades (Oliveira Junior et al., 2013).

No milho, o K tem influência positiva na massa individual de grãos e no número de grãos por espiga, gerando um grande impacto na qualidade da cultura (Rodrigues et al., 2014).

Devido à alta solubilidade do potássio, o íon K+ apresenta baixa força de adsorção aos coloides do solo. Desta forma, o uso de doses parceladas faz com que o parcelamento de doses de K2O seja recomendado, com o objetivo de reduzir perdas de K+ por lixiviação e o efeito salino dos adubos sobre as sementes (Alvarez, 1999; Raij et al., 1997), especialmente em condição de solos de textura mais arenosa.

Em campo

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