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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Algas marinhas auxiliam na redução de fungos

Daniele Maria do NascimentoEngenheira agrônoma e doutora em Agronomia/Proteção de Plantas – UNESP

Marcos Roberto Ribeiro Junior Engenheiro agrônomo e doutorando em Agronomia/Proteção de Plantas – UNESPmarcos.ribeiro@unesp.br

Adriana Zanin KronkaEngenheira agrônoma, doutora em Agronomia/Fitopatologia e docente – UNESP

Lavoura – Crédito: Shutterstock

O manejo de doenças em plantas ainda representa um desafio quando se almeja uma agricultura mais sustentável. Os produtos químicos sintéticos, amplamente adotados pelos produtores no controle das mais diversas doenças, embora eficientes, são danosos à saúde humana e ao meio ambiente.

A cada ano observamos um aumento na área tratada com defensivos agrícolas. Para 2021, as estimativas apontavam em torno de 10% a mais de vendas do setor de agroquímicos.

Obstáculos

O constante crescimento das aplicações de defensivos nas lavouras nos traz algumas preocupações. Esses produtos podem persistir nas camadas superiores do solo e lixiviar para águas subterrâneas, além de não apresentarem seletividade aos organismos benéficos.

Produtos naturais, por sua vez, são menos prejudiciais ao meio ambiente por serem biodegradáveis. Esses compostos podem auxiliar no desenvolvimento de novos produtos a serem usados no manejo de doenças em cultivos orgânicos, por exemplo. E é nos mares e oceanos que encontramos um potencial aliado: as macroalgas, que podem ser classificadas em algas verdes (Chlorophyta), marrons (Phaeophyta) ou vermelhas (Rhodophyta).

As macroalgas são excelentes fontes de compostos bioativos, que apresentam atividade antibacteriana e antifúngica. Extratos de macroalgas marinhas são usados como condicionadores de solo, visando o aumento de produtividade e como estimuladores de plantas.

Quando aplicados via pulverização foliar, podem promover maior crescimento de plantas expostas ao congelamento, seca e habitats salinos; resistência a fungos, bactérias e vírus, e maior rendimento e produtividade em várias culturas.

São também compostos versáteis; a macroalga marrom Ascophyllum nodosum, por exemplo, é usada como biofertilizante do solo, agente condicionador, suplemento alimentar animal e humano.

Atividade antifúngica das algas

Extratos de algas naturais apresentam uma vantagem em relação aos fungicidas sintéticos usualmente empregados: são mais seguros e não impactam o meio ambiente. O composto laminarina (β-1,3-glucana), derivado da alga marrom Laminaria digitata, induz mecanismos de defesa na videira, protegendo-a contra os agentes causais do mofo cinzento (Botrytis cinerea) e míldio (Plasmopara viticola).

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