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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Ambientes de alta produtividade de soja

Leonardo SologurenMembro e Presidente do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB)

João PascoalinoCoordenador Técnico e de Pesquisa do CESB

Soja – Créditos: shurtterstock

Os últimos dois anos, 2020 e 2021, estão sendo marcados no âmbito agrícola pela alta rentabilidade registrada na cultura da soja. A desvalorização cambial e o aumento do preço da soja negociado na Bolsa de Chicago (CBOT) têm sido os principais fatores que estão levando o sojicultor brasileiro a obter lucros extraordinários nesta atividade.

É verdade que os custos de produção registraram incrementos significativos também. Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (IMEA), os custos de produção operacional (sementes, fertilizantes e defensivos) registraram um aumento de 20,2% para o cultivo da safra 2021/22 em relação ao custo verificado na safra anterior.

Produtos Safra 20/21 (R$) Safra 21/22 (R$) Diferença (%)
Sementes 348,1 470,4 35,1
Fertilizantes e corretivos 907,7 1.106,9 21,9
Defensivos 937,5 1.059,2 13,0
Total 2.193,3 2.636,4 20,2

Fonte: IMEA

Relação direta

Importante ressaltar que, apesar de demonstrarmos o aumento do custo por hectare, o correto a ser analisado é o custo por saca/produzida. Neste contexto, a produtividade tem um efeito enorme sobre a conta final, ou seja, quanto mais produtiva for a área, maior a rentabilidade a ser alcançada.

Nas constatações do CESB, observamos claramente esse comportamento. Ao analisarmos os dados, na média, os campeões de produtividade CESB produziram 113,2 sacas/ha e obtiveram um retorno financeiro bruto sobre o real investido de R$ 3,20.

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