Leonardo Sologuren – Membro e Presidente do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB)
João Pascoalino – Coordenador Técnico e de Pesquisa do CESB
Os últimos dois anos, 2020 e 2021, estão sendo marcados no âmbito agrícola pela alta rentabilidade registrada na cultura da soja. A desvalorização cambial e o aumento do preço da soja negociado na Bolsa de Chicago (CBOT) têm sido os principais fatores que estão levando o sojicultor brasileiro a obter lucros extraordinários nesta atividade.
É verdade que os custos de produção registraram incrementos significativos também. Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (IMEA), os custos de produção operacional (sementes, fertilizantes e defensivos) registraram um aumento de 20,2% para o cultivo da safra 2021/22 em relação ao custo verificado na safra anterior.
Produtos | Safra 20/21 (R$) | Safra 21/22 (R$) | Diferença (%) |
Sementes | 348,1 | 470,4 | 35,1 |
Fertilizantes e corretivos | 907,7 | 1.106,9 | 21,9 |
Defensivos | 937,5 | 1.059,2 | 13,0 |
Total | 2.193,3 | 2.636,4 | 20,2 |
Fonte: IMEA
Relação direta
Importante ressaltar que, apesar de demonstrarmos o aumento do custo por hectare, o correto a ser analisado é o custo por saca/produzida. Neste contexto, a produtividade tem um efeito enorme sobre a conta final, ou seja, quanto mais produtiva for a área, maior a rentabilidade a ser alcançada.
Nas constatações do CESB, observamos claramente esse comportamento. Ao analisarmos os dados, na média, os campeões de produtividade CESB produziram 113,2 sacas/ha e obtiveram um retorno financeiro bruto sobre o real investido de R$ 3,20.
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