Maria Idaline Pessoa Cavalcanti – idalinepessoa@hotmail.com
Engenheira agrônoma e doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Anne Carolline Maia Linhares – Licenciada em Ciência Agrárias e doutoranda em Ciência do Solo – UFPB – anemaia-16@hotmail.com

Bioestimulantes são compostos que incluem substâncias naturais e microrganismos que, quando aplicados à planta ou à rizosfera, promovem uma maior eficiência do uso de nutrientes e um incremento da tolerância a estresses bióticos e abióticos.
Proporcionam diversos benefícios para as plantas, como: estimula o maior crescimento radicular e vegetativo; proporciona maior vigor e sanidade de raízes, folhas e frutos; potencializa a absorção e aproveitamento dos nutrientes disponíveis para as plantas; aumenta a tolerância da planta por estresses; proporciona maior brotação das gemas; indução e desenvolvimento de flores; melhora da escala de classificação dos frutos e incremento de produtividade.
Opções
Os produtos comerciais são apresentados de várias formas e composições, como fertilizantes contendo quantidades variáveis de macro e micronutrientes, além de princípio hormonal, algumas vezes não declarado. Dentre estes produtos que estimulam o desenvolvimento das plantas estão os biorreguladores, aminoácidos, ácidos fúlvicos e húmicos e algas marinhas (Gomez et al., 2016; Nardi et al., 2016).
O emprego de bioestimulantes vem sendo recomendando nos sistemas agrícolas como uma alternativa tecnológica viável em amenizar possíveis limitações à maximização do potencial produtivo. Os bioestimulantes podem ser aplicados de diversas formas, diretamente no solo, em soluções de fertirrigação e aplicações na planta via foliar.
Eficiência
Alguns resultados práticos confirmam a eficiência dessas substâncias. Ribeiro et al (2017), ao avaliarem o efeito de bioestimulantes na produção de mudas de videira cv. Crimson seedless, observaram que há influência positiva do bioestimulante à base de extrato de alga Ascophyllum nodosum na produção de mudas dessa cultivar enxertada sobre porta-enxerto SO4, sendo a dose de 0,75 mL planta-1 a mais recomendada. Em doses superiores o bioestimulante causa depressão das características fitotécnicas.
Santos et al (2020), ao avaliarem a aplicação de bioestimulante e complexo de nutrientes no tratamento de sementes de soja, observaram resultados satisfatórios em relação ao crescimento radicular das plantas.
Alguns pontos devem ser levados em consideração e devem ser bem observados para que não haja a possibilidade de erros durante o manejo. Alguns trabalhos destacam certas impraticabilidades encontradas em estudos. Santos et al (2017) afirmam que, de acordo com os resultados encontrados em sua pesquisa sobre o uso de bioestimulantes no crescimento da soja, os fatores abióticos podem influenciar sobremaneira a sua ação nas sementes. A aplicação na superfície das sementes não garante a sua absorção, pelo menos em sua totalidade.
Outros autores também encontraram resultados parecidos. Segundo Buchanan et al. (2001), a quantidade de bioestimulantes absorvida depende fundamentalmente da superfície de contato da semente e da quantidade de água e da concentração da solução, contendo os bioestimulantes, absorvida pelas sementes. Assim, a menor absorção dos bioestimulantes pode ter comprometido sua eficiência.
Klahold et al. (2006) avaliaram o efeito de bioestimulante aplicado via semente e via pulverização foliar, no desenvolvimento da soja, e verificaram que para a variável massa seca de folhas não foram verificadas diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos.
Viabilidade
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