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sábado, abril 19, 2025
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Biológicos se mostram eficientes contra traça em repolho

Camila Queiroz da Silva Sanfim de SantAnnaEngenheira agrônomaagro.camilaqs@gmail.com

Repolho – Crédito Shutterstock

Inseto considerado praga-chave para muitas culturas da família das Brassicaceae, como o repolho, a traça-das-crucíferas (Plutella xylostella), microlepidóptero, causa severos danos à cultura, podendo inviabilizar 100% da planta.

Pode ocorrer durante todo o ano, entretanto, períodos de ausência de chuvas e temperaturas em torno de 22°C favorecem o crescimento da população desse inseto.

Os danos causados pela traça-das-crucíferas tornam o produto final impróprio, depreciando-o de tal forma que as larvas, assim que eclodem, penetram no interior da folha, raspando a face inferior e construindo galerias. Em seu estágio mais avançado perfuram e desfolham a cultura.

Ciclo

O ciclo médio do inseto, do ovo-adulto, é de 11 a 22 dias e o período larval entre seis a 14 dias. Os adultos possuem hábito noturno, escondendo-se durante o dia e ao entardecer saem para se alimentar e se reproduzir. Já as fêmeas costumam depositar seus ovos na face inferior das folhas, que eclodem após três a quatro dias.

Controle

A medida mais utilizada pelos produtores é o controle químico, consistindo da pulverização com inseticidas específicos, registrados para a cultura. No entanto, os custos, a dificuldade de controle (as gotas pulverizadas não conseguem atingir eficientemente o alvo, devido à preferência do inseto pela parte abaxial – inferior – das folhas), o risco de contaminação e a resistência da praga (razão do uso indiscriminado e sucessivo de aplicações) são alguns fatores que contribuem para a falta de sucesso no controle das traça-das-crucíferas.

No repolho, há ainda outra implicação, pois devido à formação da “cabeça”, as larvas utilizam seu interior como proteção, devendo-se realizar sucessivas e infrutíferas aplicações de inseticidas.

O caso do repolho

O desenvolvimento do repolho compreende o período de 60 a 120 dias. A P. xylostella possui o ciclo de vida curto (11 a 22 dias) e alto potencial biótico, podendo aumentar sua população em até 60 vezes de uma geração para outra. Assim, dentro do ciclo da cultura, diversas gerações do inseto podem ocorrer, sendo outra limitação de seu controle.

Deste modo, o uso de um manejo eficiente, com táticas e técnicas adequadas, promoverá maior eficiência no controle desse inseto-praga.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) emerge como uma alternativa de reduzir o uso desenfreado de agroquímicos e promover meios de controle mais eficientes. Dentro desse conceito, o controle biológico tem sido uma opção viável, principalmente por seu papel fundamental em áreas de cultivo orgânico e agroecológico.

Biológicos

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