Talita de Santana Matos – talitasmatos@gmail.com
Elisamara Caldeira do Nascimento – elisamara.caldeira@gmail.com
Doutoras em Ciência do Solo – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Glaucio da Cruz Genuncio – Doutor e professor de Fruticultura – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – glauciogenuncio@gmail.com

A cebola é uma hortaliça fortemente influenciada por fatores ambientais que condicionam a adaptação de uma cultivar a determinadas regiões geográficas. Entre esses fatores, sobressaem-se o fotoperíodo e a temperatura como os elementos climáticos que mais influenciam a fase vegetativa, que culmina com a formação do bulbo, e a fase reprodutiva, durante a qual ocorrem o florescimento e a produção de sementes.
O plantio de cultivares precoces consiste no semeio antecipado de cultivares adaptadas às variações climáticas ocorridas no período. Geralmente é uma prática realizada no Cerrado mineiro, mas que já vem despertando interesse de outras regiões do País.
A vantagem do plantio antecipado está em oferecer ao mercado uma produção no período de entressafra, em que a demanda é mais alta que a oferta e assim é possível garantir bons rendimentos.
Mais rentabilidade
A maior rentabilidade das cultivares precoces está relacionada com a demanda do mercado. A cebola plantada mais cedo chega ao mercado em um período anterior ao das demais regiões.
Os produtores do Triângulo Mineiro têm apostado nesta estratégia, antecipando o plantio para dezembro-janeiro, e assim a cebola chega ao mercado junto apenas da cebola produzida no Nordeste e antes dos grandes produtores de São Paulo, região sul e Argentina.
Como a quantidade de cebola no mercado é baixa (na região sul e SP), já está no fim e a cebola Argentina tem o imposto sobre o produto, o mercado fica livre para a cebola produzida em MG, garantindo melhores preços.
Geralmente as cultivares precoces não apresentam maiores produtividades, justamente por esta época ser adversa às condições ótimas para o desenvolvimento da cultura. Assim sendo, é necessário investir em tecnologias e cuidados para reduzir os danos causados principalmente pelas condições climáticas.
E, assim, os custos com insumos e tecnologias tendem a ser maiores, entretanto, os ciclos menores, o que leva a uma relação custo-benefício positiva.
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