Autores
Aldeir Ronaldo Silva – Engenheiro agrônomo e doutorando em Fisiologia e Bioquímica de Plantas – ESALQ/USP – aldeironaldo@usp.br
João Pedro Ramos da Silva – Engenheiro agrônomo e mestrando em Fisiologia e Bioquímica de Plantas – ESALQ/USP – joaopedror@usp.br

A introdução de matéria orgânica no sistema de cultivo do feijão é uma prática com excelentes resultados econômicos e sustentáveis. A princípio, a matéria orgânica contribui para manutenção de fatores químicos, físicos e biológicos, mantendo o solo fértil e produtivo.
Em geral, a aplicação de matéria orgânica também possibilita maior absorção de nutrientes pela planta, fator esse importante para a cultura do feijão, que utiliza de simbiose para assimilação de nitrogênio.
Entre outros benefícios a partir do uso de matéria orgânica estão: a redução dos efeitos da erosão do solo; aumento no armazenamento e disponibilidade de água para o feijoeiro; da atividade microbiológica do solo; da aeração e infiltração no solo; e menor diferença de temperatura do solo entre o período diurno e noturno.
Isso possibilita a formação e manutenção do ambiente de cultivo do qual as variedades de feijão expressarão seu máximo potencial produtivo, resultando no incremento da produtividade. Outro ponto bastante favorável com a aplicação da matéria orgânica é a maior resistência do solo a mudanças de pH, proporcionando mudanças mínimas ao longo dos ciclos de cultivo do feijoeiro.
Como implantar a técnica
Para a implementação da técnica, verifica-se a possibilidade de uso de alguma fonte de matéria orgânica disponível na própria propriedade. Caso exista essa possibilidade, é recomendável a realização da análise química da fonte de matéria orgânica.
Em situação de ausência da fonte de matéria orgânica, é recomendável a aquisição de locais com garantia acerca de risco de contaminação, e também da característica química do produto, com o objetivo de maximizar a eficiência da técnica.
O manejo inadequado dessas fontes de matéria orgânica pode provocar graves efeito negativos, tanto para o cultivo do feijão como a contaminação de mananciais. Em geral, o cultivo do feijão responde bem à adubação com matéria orgânica.
Todavia, a quantidade aplicada pode variar bastante de acordo com a fonte utilizada. Por exemplo, para aplicação de esterco bovino é recomendável de 15 a 20 t/ha-1, já para esterco de galinha a aplicação pode variar de 4,0 a 8,0 t/ha-1, podendo ser incorporado ou aplicado a lanço, sendo verificado efeito residual até o terceiro ano após a aplicação.
Produtividade
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