Autores
Abner Crispim Batista – abnercrispim.11@hotmail.com
Alice Adelaide Carlos Silva – aliceslvs@gmail.com
Graduandos em Engenharia Agronômica – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

A pitaia, ou ainda, fruta dragão, como também é conhecida em algumas regiões, é o fruto produzido por diversas espécies de cactos epífitos, dos gêneros Hylocereus e Selenicerius. A planta nativa da região da América Central e México, mas também é cultivada em outros países, como Israel, Brasil, China e Vietnã, que atualmente é o maior produtor e exportador de frutos de pitaia.
No mercado se destacam três espécies, a pitaia vermelha (casca e polpa vermelhas), a pitaia amarela (casca amarela e polpa branca) e a pitaia branca (casca rosa e polpa branca). No Brasil, a espécie (Hylocereus undatus) de polpa branca, passou a ser cultivada na década de 1990, no Estado de São Paulo, sendo a região de Catanduva a principal produtora.
Na década de 2000 outras espécies do mesmo gênero foram introduzidas, como (Hilocereus polyrhizus) de polpa vermelha, também reportada a uma pitaia nativa do Brasil, denominada pitaia do cerrado (Selenicereus setaceus).
Em destaque
Atualmente, a região sudeste do Brasil está entre as principais produtoras de pitaia, com destaque para os municípios de Socorro, Narandiba, Cedral e Arthur Nogueira, que são responsáveis por mais de 50% da produção oriunda do Estado de São Paulo, o maior produtor de pitaia do País em 2018.
Por ser rica em nutrientes, é considerada uma superfruta, pois possui várias propriedades benéficas à saúde, como alto teor de flavonoides, vitamina C, B1, B2, B3, cálcio, ferro, zinco, potássio, nitrogênio e manganês.
Cultivo orgânico
Por ser considerado um sistema sustentável de agricultura, os cultivos orgânicos não permitem o uso de produtos químicos sintéticos, que são prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, tais como alguns tipos variados de fertilizantes e agrotóxicos sintéticos.
O princípio da produção orgânica é o estabelecimento do equilíbrio da natureza utilizando métodos naturais de adubação e de controle de pragas.
O consumo de produtos orgânicos permite o fortalecimento natural da saúde humana, bem como os mecanismos de defesa do organismo. A adoção dessa prática de cultivo contribui para a conservação dos recursos naturais, com a recuperação da fertilidade do solo e a qualidade de vida do produtor rural, como também o consumo de alimentos mais saudáveis.
No campo, pode ser identificada a redução do uso de agrotóxicos e adubos químicos, o que melhora a qualidade dos solos, da água e do ar, preservando toda a biodiversidade.
A diferenciação de produtos orgânicos ocorre com base em suas qualidades físicas, decorrentes principalmente da ausência de agroquímicos, logo, estão mais diretamente relacionados à forma como esses produtos foram produzidos.
Mercado
O mercado para os produtos orgânicos está aquecido. Os consumidores estão cada vez mais interessados em sustentabilidade e em alimentos mais saudáveis – e estão dispostos a pagar mais por esse diferencial.
No Brasil, o produtor orgânico deve fazer parte do cadastro nacional de produtores orgânicos. A certificação de produtos orgânicos é o procedimento pelo qual uma certificadora, devidamente credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), assegura por escrito que determinado produto, processo ou serviço obedece às normas e práticas da produção orgânica.
A certificação é, portanto, a garantia de que produtos rotulados como orgânicos tenham de fato sido produzidos dentro dos padrões da agricultura orgânica, e se apresenta sob a forma de um selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto.
Nutrientes
Apesar de ser uma cultura rústica, que se aclimata com facilidade, a pitaia requer uma adubação rica em matéria orgânica e nutrientes, tais como nitrogênio, fósforo e potássio. O nitrogênio é necessário durante o crescimento vegetativo até o pré-florescimento por estimular a emissão de raízes e brotações.
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