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domingo, abril 20, 2025
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Como evitar a deriva

Laís Sousa ResendeEngenheira agrônoma, mestra e doutoranda em Fitotecnia – ESALQ/USPsialresende@gmail.com

Klinger Moreira Lima Júnior / Brendo Adriano Alves FreireGraduando em Agronomias – Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Lindomar Canuto da SilvaEngenheiro agrônomo e mestrando em Fitotecnia – UFLA

Aplicação de herbicida – Crédito: Arquivo

Para obter altas produtividades dentro do sistema de produção agrícola, é necessário a adoção de medidas com intuito de manejar pragas, doenças e plantas daninhas. Desse modo, faz-se necessário o uso de defensivos agrícolas. Contudo, durante o processo de aplicação dos produtos químicos, até que atinjam o alvo, podem ocorrer perdas por meio da evaporação, volatilização e deriva.

O que é deriva?

A deriva assume um papel importante, visto que é um dos principais problemas relacionados à utilização de produtos fitossanitários, e pode ser definida como tudo aquilo que não atinge o alvo durante a pulverização.

Assim sendo, a deriva carrega consigo grandes problemas, pois está diretamente ligada à contaminação de culturas vizinhas, do aplicador e ambiental, além de ser uma fonte de perda, pois o produto pode não atingir o alvo ou atingir em excesso, acarretando prejuízos econômicos ao produtor.

Entre os defensivos agrícolas, o que causa maiores problemas com deriva são os herbicidas, que representam cerca de 60% dos produtos empregados na agricultura. Com isso, uma vez que este é aplicado de forma errônea, pode causar injúrias às culturas sensíveis e não seletivas.

Deriva x herbicidas

O processo da deriva tem relação com as características dos herbicidas, ganhando destaque a volatilidade, que está relacionada aos ingredientes ativos e formulações. Produtos que são mais voláteis tendem a ser mais suscetíveis, necessitando de maiores cuidados na sua aplicação. A exemplo disso, temos herbicidas que são amplamente aplicados, tais como: 2,4-D, Triclopyr, Trifluralina e Pendimethalin.

Em breve, o Dicamba será uma opção ao produtor para o manejo de plantas daninhas resistentes ao glifosato, porém, sua liberação para a comercialização é um ponto que está sendo amplamente discutido, pois é um produto com alta volatilidade e que poderá trazer grandes problemas a propriedades vizinhas que não adotam a tecnologia de tolerância a este herbicida.

Vale ressaltar que todos os herbicidas, quando aplicados sobre condições não apropriadas, podem ter problemas com deriva, sendo a volatilidade apenas um fator agravante.

Deriva x tecnologia de aplicação

Diante deste contexto, a tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários exerce papel essencial no controle da deriva e tem como objetivo a colocação do produto biologicamente ativo no alvo, na quantidade adequada, de forma econômica e eficiente, proporcionando o mínimo de contaminação e perdas possíveis.

A falta de conhecimento sobre a tecnologia de aplicação é um dos principais gargalos da agricultura tradicional, no entanto, a mesma passou a ganhar mais destaque nos últimos anos e existem muitos pontos a serem estudados.

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