Autores
Fellipe Kennedy Alves Cantareli – felipecantarelli2009@hotmail.com
Marcela Maria Zanatta – zanatta.marcelamaria@gmail.com
Engenheiros agrônomos e mestrandos em Agronomia/Produção Vegetal – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Jade Cristynne Franco Bezerra – Engenheira florestal e mestranda em Agronomia/Produção Vegetal – UFPR – jadefranco9@gmail.com
Claudia Maia de Andrade – Engenheira agrônoma e pós-graduanda em Gestão e Produção Sustentável de Florestas – Universidade do Estado do Pará (UEPA) – claudia.andrades@outlook.com
Vitor Quintela Sousa – Engenheiro agrônomo – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – quintelav@gmail.com
O greening é uma doença de difícil controle e rápida disseminação, causando grandes perdas em pomares de citros (laranjeiras, pés de limão e tangerinas). O agente causal é uma bactéria chamada Candidatus Liberibacter spp, que ataca o floema da planta, causando comprometimento na distribuição da seiva elaborada.
Essa bactéria é disseminada pelos insetos Trioza erytreae e Diaphorina citri. A infecção resulta em completa perda de capacidade produtiva em quatro anos. Além disso, a qualidade da fruta é alterada, podendo ficar mais ácida e amarga.
A gravidade dessa doença é tão acentuada que no Estado de São Paulo, entre os anos de 2004 e 2006, foi necessário erradicar mais de 6.000 árvores comprometidas com a doença. E em 2019, 19% das árvores do cinturão citrícola brasileiro estavam contaminadas, segundo dados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).
Desafio constante
No Brasil, o Huanglongbing (HLB) foi registrado pela primeira vez em 2004, em pomares da região central do Estado de São Paulo, e hoje a doença está presente em todas as demais áreas produtoras de citros.
O HLB, ou greening, é considerado o mais sério problema da citricultura no Brasil e no restante do mundo, representando um enorme risco à sustentabilidade do agronegócio, pois ele avança rapidamente na lavoura, reduzindo drasticamente a produção e, consequentemente, elevando custos para manter a lavoura sadia.
Apesar do psilídeo (Diaphorina citri) ter sido constatado há mais de meio século nos pomares de citros do Brasil, sabe-se que existem muitas plantas hospedeiras, com registro de aproximadamente 20 espécies da família Rutaceae, que incluem as espécies do gênero Citrus (laranjas, limões, limas etc).
Trabalhos de controle dessa praga com fungos entomopatogênicos são escassos, devido à pouca importância do inseto antes da descoberta do ‘greening’. Embora o psilídeo provoque danos diretos às plantas cítricas por sugar sua seiva através de vários furos, o inseto assume importância maior devido à transmissão das bactérias associadas ao HLB, cuja principal espécie no Brasil é Candidatus Liberibacter asiaticus, causadora dos sintomas.
Detecção do problema
As formas jovens, conhecidas como ninfas, aderem à planta e permanecem ali imóveis, liberando uma substância açucarada (honeydew) que permite o desenvolvimento de um fungo preto, conhecido como fumagina. Esses insetos selecionam as plantas para colocar os ovos influenciados por características visuais e odores liberados pelas respectivas plantas hospedeiras, preferem ramos novos e brotações, assim também como as mudas.
O combate desse inseto pode ocorrer de algumas formas, requerendo algumas medidas preventivas, como: utilização de mudas sadias e certificadas para a fundação do pomar. A inspeção do pomar é recomendada constantemente, pelo menos quatro vezes ao ano, planta a planta; e também o monitoramento do inseto vetor, que pode ser feito com armadilhas adesivas em pontos estratégicos da propriedade que possibilitem a identificação do movimento do inseto.
É importante, ainda, observar os ramos novos, buscando a presença de ovos e ninfas ou insetos adultos e a partir da identificação do inseto vetor, iniciar o manejo de controle.
Controle
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