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domingo, abril 20, 2025
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Controle fitossanitário da cana

Autores

Mateus Henrique Tavares Gomes mateus.tavares1353@gmail.com

Anderson de Jesus Campos Teodoro ateodoro96@gmail.com

Graduandos em Agronomia – Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos – Ourinhos/SP (UNIFIO)

Aline Mendes de Sousa GouveiaEngenheira agrônoma, doutora em Agronomia e professora – UNIFIO – aline.gouveia@unifio.edu.br

Cana – Crédito: José Francisco Garcia

Novas técnicas para melhoria da produtividade canavieira envolvem a gestão de plantas daninhas e o controle de pragas. O setor sucroenergético pode contar com defensivos que não só controlam doenças, pragas ou plantas daninhas, mas que agem no sistema da cana, contribuindo para o aumento de açúcar.

Os defensivos químicos inovam, se tornam menos tóxicos, mais seletivos, mas o que também se expande no campo é controle biológico de pragas.

Panorama

O Brasil se destaca como maior produtor mundial de cana-de-açúcar. Esta cultura é uma das mais importantes e representativas do agronegócio nacional, que corresponde a cerca de 40% da produção mundial.

Além de liderar o ranking de produção de cana-de-açúcar, o Estado de São Paulo se destaca também pelas maiores produtividades e investimentos em novas tecnologias voltadas para exploração da cultura no Brasil.

Entretanto, com o estabelecimento dessa monocultura, vieram também os problemas fitossanitários, principalmente associados às mudas que eram importadas. Dessa forma, foram descritas várias doenças de plantas, cujas ocorrências foram contornadas com a substituição das variedades suscetíveis por resistentes.

Desafios fitossanitários

Dentre os principais problemas fitossanitários enfrentados pela cultura da cana-de-açúcar, a interferência sofrida pela presença de plantas infestantes nos canaviais apresenta grande destaque, sobretudo por provocar perdas em produtividade de até 85%, quando não controladas adequadamente.

A cana-de-açúcar, apesar de apresentar ciclo C4 e usar de maneira altamente eficiente os recursos disponíveis para seu crescimento e desenvolvimento, é muito afetada nas fases iniciais de crescimento, quando concorre por luz, água e nutrientes com as plantas infestantes, principalmente por gramíneas e ciperáceas.

Estima-se que cerca de mil espécies dessas plantas habitam o agroecossistema da cana-de-açúcar nas diversas regiões produtoras do mundo, causando perdas significativas no rendimento agrícola desta cultura, além de interferir de forma indireta, pois servem como hospedeiras de patógenos, espécies de nematoides e abrigo de insetos pragas-chave para a cultura.

As doenças da cana-de-açúcar são muito graves porque causam a degenerescência das variedades em cultivo, obrigando a sua substituição periódica. Esta cultura apresenta mais de 200 doenças, causadas por fungos, bactérias, vírus, fitoplasmas e nematoides, relatadas em diferentes países produtores. 

Dentre as doenças de maior importância para a cana-de-açúcar no âmbito mundial, duas delas são causadas por bactérias: raquitismo de soqueiras e escaldadura das folhas. Doenças causadas por vírus provocam grandes reduções no conteúdo de sacarose da planta, com consequentes reduções no rendimento da cultura.

Possibilidades

Equipes multidisciplinares de pesquisadores têm trabalhado para compreender os problemas fitossanitários e encontrar formas modernas e mais eficientes de minimizá-los. As possibilidades disponíveis hoje no setor são diversas, como o uso de materiais resistentes, que permitem atenuar estes problemas fitossanitários.

Outro ponto relevante nesta área é o uso de tecnologias digitais em todas as etapas do manejo do canavial, que tem sido uma ferramenta cada vez mais importante na busca por maiores produtividades e pela redução de custos de produção, devido ao uso mais eficiente de insumos no controle químico.

Vale destacar que de todos os produtos fitossanitários registrados no Brasil para cana-de-açúcar, aproximadamente 40% do que é comercializado corresponde à classe de herbicidas, e o restante é dividido entre os produtos para controle de pragas.

Tecnologias entram em campo

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