Débora de Melo Almeida – Engenheira florestal, técnica em Controle Ambiental e mestranda em Ciências Florestais – Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) – debooraalmeida@gmail.com
Bruna Rafaella Ferreira da Silva– Engenheira florestal, técnica em Controle Ambiental e mestranda em Ciência e Tecnologia da Madeira – Universidade Federal de Lavras (UFLA) – brunarafaellaf@hotmail.com
João Gilberto Meza Ucella Filho – Engenheiro florestal, técnico em Agronegócio e mestrando em Ciência e Tecnologia da Madeira – UFLA – 16joaoucella@gmail.com

A seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg) é uma espécie arbórea, nativa do Brasil, com elevada importância econômica, visto que após atingir a maturidade fisiológica, a excisão de uma pequena parte do caule, conhecida como sangria, resulta na liberação de conteúdo citoplasmático com grande quantidade de látex, que constitui a principal matéria-prima utilizada para a produção de borracha natural.
No Brasil, a demanda por borracha natural vem aumentando consideravelmente. Entretanto, o segmento produtivo não consegue atender em quantidade suficiente as indústrias consumidoras, havendo a necessidade de expansão da heveicultura no País, seja por meio da implantação de novas áreas de cultivo, aprimoramento das técnicas de produção ou a inserção de novas tecnologias.
Diante do exposto, para o cultivo da seringueira a utilização da fertirrigação consiste em uma alternativa promissora e com aceitação crescente entre os produtores, em decorrência dos excelentes resultados obtidos em campo, visto que a fertirrigação representa o mais eficiente meio de fertilização, combinando dois fatores essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas: água e nutrientes. Portanto, a fertirrigação é caracterizada como sendo a aplicação dos fertilizantes via água de irrigação.
A fertirrigação é mais frequentemente utilizada nos sistemas de irrigação localizada, como o gotejamento e a microaspersão, tendo em vista que a fertirrigação localizada é a que melhor distribui os fertilizantes, contemplando maior número de raízes absorventes sob a copa.
Benefícios proporcionados
A introdução da fertirrigação no sistema de produção agrega inúmeras vantagens, destacando-se:
• A uniformidade durante a aplicação dos nutrientes, desde que o sistema de irrigação também apresente boa uniformidade;
• A melhoria da eficiência nutricional, visto que possibilita a redução da dosagem de nutrientes, devido à aplicação ocorrer no período de maior exigência e na quantidade requerida pela cultura;
• O maior aproveitamento do equipamento de irrigação;
• A menor compactação do solo e a redução dos possíveis danos físicos causados às plantas, devido à diminuição do tráfego de máquinas dentro da área de cultivo;
• A redução na contaminação do meio ambiente, em função do melhor aproveitamento dos nutrientes móveis no solo, quando aplicados via irrigação localizada;
• Diminuição da utilização de mão de obra.
Ação e reação
O uso dessa tecnologia permite que seja obtido total conhecimento da quantidade de água e nutrientes que estão sendo aplicados, assim como compreender a sua dinâmica no solo.
Além disso, devido à fertirrigação estar inserida no contexto da produção sustentável e ser considerada o sistema mais racional de aplicação de fertilizantes, torna-se possível obter elevada produtividade, aliado à produção sustentável e com máxima viabilidade econômica.
Limitações da fertirrigação
Leia mais
Para ler o restante deste artigo você tem que estar logado. Se você já tem uma conta, digite seu nome de usuário e senha. Se ainda não tem uma conta, cadastre-se e aguarde a liberação do seu acesso.