Emerson Trogello – Professor – IF Goiano Campus Morrinhos – emerson.trogello@ifgoiano.edu.br
Giovana Cândida Marques – Graduanda em Agronomia – IF Goiano – Morrinhos – giovana.candida@estudante.ifgoiano.edu.br
Amanda Munielly Alves Bernardes – Acadêmica de Bacharelado em Agronomia – IF Goiano – Iporá – amanda.munielly@estudante.ifgoiano.edu.br

O pinus é espécie originária do hemisfério norte, mas no Brasil muitas espécies foram introduzidas. A partir da década de 1960 se iniciou o plantio de pinus em escala comercial, principalmente nas regiões sul e sudeste do País.
A espécie é valorizada pela madeira de cor clara, bem aceita no mercado, madeira de fibra longa, apropriada para fabricação de papel de alta resistência, possibilidade de extração de resina, rusticidade, tolerância, crescimento rápido e fácil manejo.
A sua madeira é usada, principalmente, pelas indústrias de madeira serrada e laminada, chapas, resina, celulose e papel. As espécies que melhor se adaptaram em solo brasileiro foram Pinus elliottii e Pinus taeda. No Brasil, P. taeda é a espécie mais plantada entre os pinus.
A matocompetição e seus prejuízos
Quando se almeja população homogênea de pinus com finalidade comercial, é necessário eliminar a vegetação espontânea que se desenvolve no período entre o corte da floresta anterior até o estabelecimento do novo povoamento florestal.
As plantas daninhas interferem no crescimento, pois são bem adaptadas às condições adversas do meio ambiente e podem se sobressair às mudas florestais recém-plantadas e que ainda estão em processo de estabelecimento, logo resultando em reduções na produção.
As intervenções favorecem o desenvolvimento inicial do pinus, o que garante sucesso na implantação da floresta. Estas intervenções devem ser orientadas pelo acompanhamento da área, mas são realizadas geralmente a cada seis meses até o segundo ano de plantio.
Após este período, o controle é feito anualmente até o quinto ano. Este período é maior, do que por exemplo, o observado em Eucalyptus, uma vez que o desenvolvimento do Pinus é mais lento. Alguns estudos indicam que, a não intervenção, pode reduzir a produtividade do componente florestal em até 75%.
Consequências
As plantas daninhas em sistemas florestais competem diretamente por fatores como água, nutrientes, luz, espaço (matocompetição), limitando o crescimento e a produtividade da cultura, ocasiona efeitos alelopáticos, depreciação da qualidade do produto florestal, provocam o aumento do custo de produção e dificuldades na colheita.
Ainda mais, as plantas daninhas são hospedeiras de doenças e pragas e tudo isso condiciona fatores negativos ao crescimento, produtividade do pinus, além da operacionalização do sistema produtivo.
Plantas daninhas diminuem a disponibilidade de água no solo pelo incremento na evapotranspiração e pela interceptação da chuva que retém acima da superfície do solo parte da água.
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