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segunda-feira, janeiro 27, 2025
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DuPont desenvolve método inovador para reduzir pressão da broca-da-cana

Tratamento na etapa de plantio permite bom desenvolvimento da cultura desde a brotação e também favorece a produção de mudas sadias na ‘meiosi’

 

Sintomas de broca no colmo da cana Crédito José Antonio Júnior
Sintomas de broca no colmo da cana Crédito José Antonio Júnior

Pesquisas do setor sucroenergético apontam que a ação da broca-da-cana resulta em prejuízos anuais da ordem de R$ 3 bilhões no Brasil. De acordo com o engenheiro agrônomo da DuPont, Christian Menegatti, a mariposa de nome científico Diatraea saccharallis, que se reproduz com rapidez impressionante e dá origem a até cinco gerações por safra, tornou-se a praga mais danosa aos canaviais. Esse quadro, assinala o executivo, levou a empresa a estudar novas técnicas de manejo da broca com o emprego de seu inseticida-líder Altacor®.

Segundo Menegatti, a equipe técnica da companhia tem colhido resultados altamente satisfatórios na aplicação do inseticida diretamente no sulco da lavoura, no momento do plantio da cana. “Verificamos que o método proporciona bom desenvolvimento da cana-de-açúcar desde a brotação. A planta cresce livre de broca por mais de 150 dias“, destaca o agrônomo.

Menegatti acrescenta que nas usinas que empregam a meiosi ” método que consiste em intercalar outras culturas com o canavial -, o uso de Altacor® na etapa de plantio também favoreceu a produção de mudas sadias, livres da broca.

Sobre os prejuízos causados pela praga, o executivo enfatiza que com apenas 1% de infestação uma usina pode perder em torno de três toneladas de cana por hectare.

“Em uma usina com a produtividade média de 80 toneladas por hectare e processamento de 2 milhões de toneladas, esse 1% põe em risco 70 mil toneladas de cana-de-açúcar, ou a produção correspondente a 900 hectares“, exemplifica o gerente da DuPont.

Além da perda quantitativa, a broca-da-cana ocasiona perdas na qualidade da matéria-prima, devido à redução de ATR ” açúcar total recuperável. “Pouco mais de 1% de infestação de broca é igual a 0,25% a menos na produção de etanol e 0,42% menos açúcar“, observa Menegatti.

O executivo da DuPont ressalta ainda que a redução de tratos culturais e de investimentos em tecnologia nas lavouras do setor sucroenergético, fortemente atingido pela retração econômica, tende a manter elevada a pressão da praga na safra em andamento.

Com base em dados oficiais e estudos da DuPont, Menegatti calcula que nos dias de hoje pelo menos metade da área cultivável com cana-de-açúcar, cerca de 4,5 milhões de hectares, esteja vulnerável à ação da broca

“Nas áreas com histórico de broca nas quais há dificuldades estruturais, ou falta mão de obra para monitorar a praga, o método de tratamento na etapa de plantio é uma alternativa eficaz para preservar a sanidade do canavial e evitar prejuízos decorrentes da perda de matéria-prima“, afirma Menegatti.

Já no tratamento convencional do canavial com Altacor®, explica Menegatti, a DuPont recomenda uma aplicação do produto na safra, à dose de 60 gramas por hectare, tão logo constatada a presença da praga na lavoura. “Neste caso, a chave para o controle químico eficaz é fazer o monitoramento preciso, sobretudo nas áreas em que há histórico de ataque da broca-da-cana“, complementa o agrônomo.

“Nós recomendamos em bula, no tratamento convencional, uma aplicação de Altacor® seguida da realização de um novo monitoramento, após 45 dias, para saber se será necessária uma segunda aplicação“, continua Menegatti.

Líder do mercado de inseticidas para controle da broca-da-cana, Altacor® é um agroquímico pertencente à classe das diamidas antranílicas, originário da molécula de última geração Rynaxypyr®, desenvolvida pela DuPont. O produto, de acordo com a companhia, é seletivo à Cotesia flavipes, a ‘vespinha’ utilizada no controle biológico da broca-da-cana. Apresenta ainda perfil ambiental favorável, de baixa toxicidade, alta potência inseticida, ação rápida e prolongado período de controle da praga, de até 60 dias na aplicação convencional.

 

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