
Em época de planejar a segunda safra de feijão, é hora de “plantar sem medo”, recomenda o presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses), Marcelo Lüders. “Para quem ainda tem chance de definir plantios neste momento, optar por feijões de ciclo rápido é a lógica. Quanto antes conseguir ter produto em mãos, melhor será o resultado. Seja qual for o feijão, as perspectivas são tanto melhores quanto antes forem colhidos”, diz ele.
A propósito, acrescenta o dirigente, as primeiras estimativas dão conta de que a área plantada da segunda safra deverá ser ao redor da que foi plantada o ano passado: “Detalhe importante: ela foi 50 mil hectares menor do que a média de 2016 até 2021. Até o momento, as estimativas apontam para 356 mil hectares de feijão-carioca, 182,8 hectares para feijão-preto e 906 mil hectares de feijão-caupi”.
“Fique atento, pois não há como prever em quanto tempo, nem especular quanto ao tamanho da valorização para os próximos dias, porém, até o mais distraído produtor, que detém algum volume armazenado, está atento aos desdobramentos da situação atual”, argumenta Lüders.
Mercado
Ainda de acordo com o Ibrafe, o mercado está “imprevisível agora”. “Raramente se viu tantos fatores que contribuem para menor oferta como neste ano. Estiagem como nunca se viu nos últimos 20 anos na região sul e chuvas registradas em várias localidades de Minas Gerais além volume normal para o período. Na cidade mineira com maior área plantada, Paracatu, com 7.000 hectares, há previsão de chuvas volumosas. Curioso que Minas tem 853 municípios e em 736 se colhe feijão”, conclui Marcelo Lüders.