Ivan Marcos Rangel Junior – Engenheiro agrônomo e doutorando em Agronomia/Fitotecnia (Fruticultura Tropical) UFLA –juniorrangel2@hotmail.com
A agricultura de precisão é uma área inovadora e tecnológica que emprega diversos setores dentro da agricultura, tendo por finalidade tratar a área de produção que apresenta variabilidade agrícola, considerando sua heterogeneidade para obtenção de resultados mais homogêneos em sua produção, desde a preparação do solo para o plantio até a colheita.
Entende-se por agricultura de precisão a gestão de uma unidade produtiva, que pode ser utilizada com o objetivo de melhorar os aspectos econômicos e agrícola, considerando a variabilidade espaço-temporal e com a justificativa de aumentar a eficiência técnica e econômica, maior sustentabilidade, minimizando os riscos de impactos ambientais e de produção, tanto pelo aumento quanto pela qualidade de produção.
Origem
Esse modelo de agricultura surgiu em 1929, nos Estados Unidos, como uma técnica que buscava melhorar o rendimento das culturas, entretanto, só foi difundida na década de 80. Já no Brasil, as primeiras pesquisas desenvolvidas nessa área ocorreram na década de 90.
A princípio, esse modelo de agricultura foi norteado pelas máquinas agrícolas, como as colheitadeiras e semeadeiras, onde sofisticados computadores de bordo e sistemas de navegação possibilitavam a geração de mapas de produtividade.
Com o tempo e com o avanço da tecnologia, essas técnicas foram aprimoradas e, então, tornou-se possível o mapeamento da variabilidade do solo, plantas e outros parâmetros, resultando na aplicação otimizada de insumos, diminuindo custos e impactos ambientais e, consequentemente, aumentando o retorno econômico, social e ambiental.
Atualmente, a agricultura de precisão é uma realidade nos mais diversos setores da agricultura, lançando mão de grande conjunto de tecnologias, como: GNSS (Sistema global de navegação por satélite), SIG (Sistemas de Informações Geográficas), sistemas de informações, bancos de dados, sensores para medidas ou detecção de parâmetros ou de alvos de interesse no agroecossistema (solo, planta, insetos e doenças), de geoestatística e da mecatrônica.
Com o GNSS é possível obter informações por localização de fertilidade e textura do solo, capacidade de retenção de água, declividade do terreno e da produtividade. Já o SIG é utilizado no tratamento desses dados espaciais e na elaboração de mapas, fazendo com que a análise conjunta desses dados permita elaborar recomendações precisas nas lavouras.
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