“A agricultura se desenvolveu muito nos últimos 150 anos. Quando combinamos tecnologia com genótipos melhores, aumentamos o rendimento”. É o que garante o Engenheiro Agrônomo Dr. Rodrigo Mendes, chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa/Meio Ambiente – que falou sobre a “Importância da preservação dos microrganismos do solo para o desenvolvimento das plantas”, durante a Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura, que se encerra hoje em Araguari, no Triângulo Mineiro. A palestra faz parte do workshop: “Uso de produtos biológicos no sistema de produção do cafeeiro”
Segundo Mendes, a falta de atenção do componente biológico pode ser um problema grave. “Se olharmos profissionalmente sabemos como manejar a química do solo. Existe uma expectativa com relação a isso. A dimensão biológica é sem dúvida muito mais complexa que a dimensão química”, detalha. Nesse contexto, o estudo do microbioma visa proteger as plantas contra doenças e também no processo de nutrição. “Os estudos da Embrapa usam a mesma técnica usada para o mapeamento do genoma humano, como ideia de criar uma extensão do genoma da planta”, explica, dizendo que são conhecidos apenas 1% de dos microbiomas existentes. “Os outros 99% são desconhecidos e ainda não sabemos para que serve. Os microbiomas vem para complementar as funções da planta” .
A Fenicafé é promovida pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) e a Federação dos Cafeicultores do Cerrado com apoio da Embrapa Café.