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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Fertirrigação em viveiro de mudas

Herika Paula Pessoaherika.paula@ufv.br

Felipe de Oliveira Dias felipedeoliveiradias@gmail.com

Engenheiros agrônomos, mestres e doutorandos em Fitotecnia – Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Mudas – Crédito Nicoli Dichoff

O conhecimento acerca da nutrição de plantas permitiu o desenvolvimento de técnicas de fertilização mineral, contribuindo para o desenvolvimento dos cultivos agrícolas e florestais. Ao longo do crescimento e desenvolvimento das plantas é necessário que haja disponível alguns nutrientes minerais que participam de seu metabolismo e/ou constituem seus tecidos.

Entre esses nutrientes minerais, nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B), cloro (Cl) e molibdênio (Mo) são considerados essenciais para o desenvolvimento da planta. 

Dessa forma, é importante garantir a disponibilidade deles nos sistemas de cultivo, a fim de gerar mudas e plantas vigorosas. Uma das principais maneiras de disponibilizar nutrientes é através da utilização de fertilizantes minerais, os quais apresentam em sua formulação os nutrientes em suas formas químicas que facilitam sua absorção pelas raízes.

Qualidade das mudas

Em relação às espécies florestais, a fertilização adequada durante a fase de muda é essencial para garantir mudas saudáveis e vigorosas. A qualidade das mudas produzidas está diretamente relacionada, dentre outros fatores, ao manejo da nutrição destas nos viveiros.

A fertilização nos viveiros de produção de mudas tem sido dividida em fertilização de crescimento e fertilização de rustificação. A fertilização de crescimento é realizada no período inicial de crescimento das mudas nos viveiros. Nessa fase prioriza-se a aplicação de todos os nutrientes essenciais de acordo com as necessidades da espécie florestal, visando a produção de mudas saudáveis, com bom desenvolvimento de parte aérea e sistema radicular.

A fertilização de rustificação é uma estratégia que tem sido adotada por muitos viveiristas e consiste em reduzir a dosagem de alguns nutrientes e exclusão de outros, como por exemplo o nitrogênio. A intenção é imitar as condições de fertilidade que as mudas enfrentarão no campo, aclimatando-as para tal, a fim de aumentar a taxa de sobrevivência após o transplantio.

Na dose certa

A quantidade exigida e o melhor período para aplicação dos fertilizantes variam de acordo com a espécie, sendo sempre recomendado buscar orientação técnica para evitar aplicações desbalanceadas, excessivas ou deficitárias de nutrientes que podem aumentar os custos e/ou produzir mudas mal nutridas.

Além disso, também deve-se tomar cuidado com o excesso de aplicação de nutrientes para evitar a salinização do substrato e a fitotoxidez das plantas, o que pode comprometer a formação da muda e a taxa de sobrevivência pós-transplantio.

As mudas podem ser fertilizadas juntamente com a água de irrigação, técnica denominada de fertirrigação. Uma das grandes vantagens dessa técnica é poder parcelar a adubação total recomendada para a formação da muda sem aumentar a demanda por mão de obra, desde que haja sistemas de irrigação já implementados.

No caso de substratos mais arenosos e/ou mais fibrosos, o parcelamento da adubação é fundamental, uma vez que estes materiais retêm pouca água e nutrientes. Para a fertirrigação, os fertilizantes mais recomendados são aqueles mais solúveis em água, devendo-se, portanto, evitar o uso de fertilizantes pouco solúveis, como termofosfatos e fosfatos naturais.

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