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segunda-feira, abril 21, 2025
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Fosfitos controlam patógenos

Fábio Olivieri de Nobile Professor titular do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB) fabio.nobile@unifeb.edu.br

Maria Gabriela Anunciação Engenheira agrônoma – UNIFEB

Lavoura – Crédito: Shutterstock

O manejo de doenças deve levar em consideração a interação de três fatores de extrema importância: patógeno agressivo, hospedeiro suscetível e ambiente favorável. O sucesso do estabelecimento das doenças depende, essencialmente, do ciclo patógeno-hospedeiro e, a partir do entendimento desta relação, conseguimos planejar da melhor forma possível, do ponto de vista técnico e econômico, as formas de controle.

Os patógenos, sejam estes de solo ou da parte aérea, atacam as plantas com a intenção de obter as substâncias presentes no interior das células. Dessa forma, o organismo maléfico para as plantas cultivadas deve ser capaz de vencer as barreiras externas e, para isso, os patógenos produzem substâncias, como toxinas e enzimas.

A planta, por sua vez, apresenta diversos mecanismos de defesa – tais mecanismos podem ser pré ou pós-formados, sendo que o último grupo contém mecanismos que podem ser induzíveis.

Neste aspecto, podemos definir que a resistência de plantas aos patógenos está relacionada com a intensificação do estado de defesa vegetal, podendo ser por estímulos bióticos ou abióticos. Assim, a planta confere um estado de defesa contra diversos patógenos, desde fungos a nematoides.

Os fosfitos

Os agentes abióticos induzem a resistência sistêmica adquirida (RSA) ou SAR. Esses indutores oferecem uma proteção, especialmente contra fungos biotróficos. Vamos falar, neste artigo, sobre o uso de fosfitos no manejo integrado de doenças, pensando em aplicações de sucesso com grande custo-benefício.

Os fosfitos possuem eficiência comprovada por meio de dois mecanismos, redução do crescimento dos fungos através da inibição da fosforilação nas células do fungo e por induzir a resistência nas plantas, visto que estimula a produção de compostos antimicrobianos nas plantas.

É por isso que hoje em dia os fosfitos são comercializados como fertilizantes, fungicidas e indutores de resistência. Como indutor, existe um fator determinante para o sucesso da utilização dos fosfitos: intervalo de tempo, pois o sucesso da infecção do patógeno depende do intervalo entre o tratamento indutor e a inoculação do patógeno, já que a intenção é imunizar a planta.

Os fosfitos possuem eficiência em doenças foliares de final de ciclo da soja, como Septoria glycines e Cercospora kikuchii, no entanto, também têm eficiência na mesma cultura em mofo-branco, míldio e ferrugem asiática. Atualmente, até mesmo em tratamento de sementes o produto vem sendo utilizado, demonstrando efeitos na redução de tombamento causado por Phytium.

Culturas beneficiadas

A eficiência dos fosfitos é identificada desde a utilização em grãos até em hortifrúti – doenças como requeima da batata e do tomate são atenuadas quando é feita aplicação de fosfitos.

Da mesma maneira, podemos pensar no seu espectro de ação. Dados relatam a capacidade destes ativos em modificar e retardar o crescimento micelial de diversas espécies de Fusarium, fungo fitopatogênico presente no solo que ataca uma gama significativa de culturas, a exemplo do milho e soja.

No mesmo aspecto, ao pensarmos em doenças foliares, experimentos relatam que a utilização de fosfitos pode diminuir em até 60% a severidade de ferrugem em trigo.

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