
StoneX estima novo corte na safrinha do cereal, que deve atingir 60,45 milhões de toneladas no ciclo 20/21
Num ano em que o clima tem penalizado a safra de milho, as geadas que recentemente atingiram os estados do Mato Grosso do Sul e no Paraná foram mais um fator a prejudicar o potencial produtivo, reduzindo ainda mais o cenário de disponibilidade do cereal. Mais uma vez, a StoneX reduziu seu número de produção referente à segunda safra 2020/21, passando de 62 milhões de toneladas para 60,45 milhões, queda de 2,5%.
“Por ter ocorrido recentemente, ainda não é possível ter uma percepção exata dos reais impactos da geada e, portanto, novos ajustes não podem ser descartados”, pondera o analista de mercado da StoneX, João Pedro Lopes.
A produção do Mato Grosso do Sul registrou uma queda de 684 mil toneladas, ficando em 6,68 milhões de toneladas, enquanto a número paranaense recuou 880 mil toneladas, o que reduziu a produção do estado para 6,74 milhões de toneladas.
Para a primeira safra do cereal, o grupo trouxe um leve aumento em sua estimativa de produção, para 25,77 milhões de toneladas, revisão puxada por leves avanços na área e na produtividade da Bahia, cuja colheita está perto do final.
Além da Bahia, outros estados do Norte e Nordeste estão finalizando os trabalhos no campo, com a média nacional da colheita da safra de verão 2020/21 tendo alcançado 93,5% da área até a quarta semana de junho. Desse modo, os números deverão ficar ainda menos sujeitos a novas revisões, consolidando uma safra abaixo do registrado no ciclo 2019/20.
Já referente à 3ª safra de milho, espera-se uma produção de 1,78 milhão de toneladas para o ciclo 2020/21, segundo a primeira estimativa de produção da StoneX (contra a estimativa da Conab para a temporada anterior de 1,84). “Os volumes produzidos na terceira safra são pequenos em comparação à primeira e à segunda, mas tendem a continuar avançando, com um bom espaço para ganhos de produtividade”, analisa Lopes.
Somando-se os números esperados para as três safras, a produção total está estimada em 87,9 milhões de toneladas, contra 89,7 milhões de toneladas no relatório anterior.
Com isso, a StoneX trouxe um novo corte do número de exportação, de 1 milhão de toneladas, ficando em 20 milhões. Por outro lado, a demanda doméstica segue forte, ainda estimada em 71,5 milhões de toneladas, destacando que as importações ainda podem crescer em relação à estimativa atual de 2,5 milhões de toneladas.
Diante desse cenário, os estoques finais ficaram em 9,54 milhões de toneladas, com uma relação estoque/uso de 10,4%.


