João Carlos Nunes – Consultor técnico LabCem

A agricultura brasileira vem aumentando sua produtividade ano após ano. O milho é uma das principais culturas que tem apresentado ganhos consistentes em produtividade. De acordo com a FarmNews, a produtividade do milho aumentou 231,5% nos últimos 40 anos. Isso representa um crescimento médio anual de cerca de 5,8%.
Por outro lado, apesar deste aumento consistente de produtividade, de acordo com dados da Conab de 2021, ainda temos um grande potencial de crescimento de produtividade.
São vários os fatores que afetam negativamente a produtividade. A obtenção de uma população de plantas e sua distribuição espacial adequada é fundamental para obtermos o melhor potencial produtivo. A correta nutrição de plantas também é outro ponto a considerar.
As sementes de milho, a exemplo de outros cultivos, têm sido veículo para uma série de tecnologias aplicadas sobre elas, tais como fungicidas, inseticidas, nematicidas, inoculantes, micronutrientes, extratos de algas, filmes de recobrimento, pós de acabamento, etc.
Neste artigo vamos abordar dois importantes pontos que podem contribuir para a produtividade: a proteção inicial das plântulas com inseticidas e o uso de óxido de zinco por meio do tratamento de sementes.
Pragas em questão
Temos várias pragas que colocam as plântulas em risco na fase inicial de desenvolvimento do milho. Dentre elas, podemos destacar: o complexo de percevejos, com destaque para o percevejo barriga-verde, os corós, a cigarrinha e as lagarta elasmo e do cartucho.
Um diagnóstico prévio e correto da situação é crucial para definir a escolha da tecnologia de controle de pragas mais adequada ao ambiente onde vamos cultivar o milho.
Temos um leque de produtos inseticidas para uso em tratamento de sementes, como os neonicotinoides (clotianidina, tiametoxam e imidacloprid), o fipronil do grupo pirazol, e o grupo das antranilamidas (ciantraniliprole e clorantraniliprole).
Em especial para os sugadores (percevejos, cigarrinhas, pulgões e tripes), temos os neonicotinoides, que também possuem alguma ação sobre alguns outros tipos de pragas mastigadoras (vaquinhas, mosca-das-sementes, cupins e alguns corós. Talvez por isso eles se destacam como os mais utilizados e indispensáveis para tratamento de sementes de milho.
Entretanto, mesmo com a maciça adoção de biotecnologia para controle de largartas, temos ainda uma importante utilização das antranilamidas e do pirazois, principalmente no controle da lagarta-elasmo e dos corós. Este uso ocorre principalmente em áreas sujeitas a constantes veranicos na fase inicial da cultura, como por exemplo no MT, MS, GO e na região Matopiba.
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