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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Manejo de nematoides

Mostra ganho de produtividade em milho e soja

Rafael Rosa Rocha rafaelrochaagro@outlook.com

Rayla Nemis de Souza  rayla.ns@outlook.com

Engenheiros agrônomos e mestrando em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (UNEMAT)

Crédito: Case IH

Mais de 100 espécies de nematoides, envolvendo cerca de 50 gêneros, foram associadas a cultivos de soja em todo o mundo. Entretanto, no Brasil, os nematoides mais prejudiciais à cultura têm sido os formadores de galha, Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica, o nematoide das lesões radiculares, Pratylenchus brachyurus, nematoide do cisto da soja (NCS), Heterodera glycines e o nematoide reniforme, Rotylenchulus reniformis.

Já para milho são mais de 40 espécies de 12 gêneros de nematoides que têm sido citadas como parasitas de raízes de milho, em todas as áreas do mundo onde este cereal é cultivado. No Brasil, as espécies mais importantes, devido à patogenicidade, à distribuição e à alta densidade populacional, são Pratylenchus brachyurus, Pratylenchus zeae, Helicotylenchus dihystera, Criconemella spp., Meloidogyne spp. e Xiphinema spp.

Os prejuízos em uma lavoura infestada podem ser grandes. Segundo a fitopatologista da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Cláudia Arieira, que pesquisa o assunto há mais de duas décadas, o prejuízo anual pode ser US$ 4 bilhões na soja no Brasil.

Sintomas

As injúrias por nematoides variam com o gênero e a população do nematoide envolvido, pois eles são organismos vermiformes e microscópicos que habitam o solo e retiram os nutrientes necessários para o desenvolvimento e reprodução das células dos vegetais, geralmente das raízes, causando danos severos às plantas hospedeiras.

Estes microrganismos atacam as raízes das plantas, e sem uma análise do solo torna-se difícil a sua identificação prévia.

 Os sintomas também dependem de outros fatores, tais como condições do solo e a idade da planta de milho e/ou soja. Os sistemas radiculares parasitados por nematódeos são menos eficientes na absorção de água e nutrientes da solução do solo.

Consequentemente, uma planta parasitada tem seu crescimento reduzido, apresenta sintomas de deficiências minerais e a produção é reduzida. Uma cultura de milho atacada por nematoides apresenta, em sua parte aérea, os seguintes sintomas: plantas enfezadas e cloróticas, sintomas de murcha durante os dias quentes, com recuperação à noite, espigas pequenas e mal granadas.

Esses sintomas dão à cultura do milho uma aparência de irregularidade, podendo aparecer em reboleiras ou em grandes extensões. Após atacada pelos nematoides, a parte área da soja apresenta alguns sintomas que, na maioria das vezes, são facilmente confundidos com outras causas, entre elas, deficiência de nutrientes, ataque de pragas e doenças, estiagem e compactação de solo.

Portanto, os principais sintomas consistem em reboleiras de plantas com tamanho reduzido e amarelecimento. Além de causarem danos diversos às plantas parasitadas, os nematoides participam de complexos de doenças de diferentes modos: criação de portas de entrada para outros patógenos; modificação da rizosfera, favorecendo o crescimento de outros patógenos; atuação como vetores de viroses, bactérias e fungos; e alteração da suscetibilidade do hospedeiro a outros patógenos por meio da indução de alterações fisiológicas no hospedeiro.

Manejo biológico

Para evitar que esses inimigos ocultos ganhem espaço na lavoura e prejudiquem a produtividade, o uso de produtos biológicos é uma alternativa eficaz no manejo, e podem ser utilizados por meio do tratamento de sementes de soja e milho e têm apresentado bons resultados no controle desses vermes.

Também é fundamental saber e identificar quais nematoides existem na área para assim, escolher os melhores produtos.

Reflexos no campo

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