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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Manejo de pragas e doenças começa pela biotecnologia

Natanael Motta Garcianatanaelmottagarcia@outlook.com

Bruno Englerth Pedrozobruno_englerth@hotmail.com

Graduandos Agronomia – Unifio

Adilson Pimentel JúniorDoutorando em Agronomia – UNESP e professor de Agronomia – Unifioadilson_pimentel@outlook.com

Algodão – Crédito: Shutterstock

Na safra 2019/20 houve um prejuízo de R$ 1,89 bilhões ao setor, em decorrência de fungo na cultura do algodão, que representa 35% do potencial de perda à produção em razão de doenças fungicidas.

Outras ameaças à cultura incluem o bicudo, com potencial de perda de até 100% à produção, o complexo de lagartas, com 40 a 60%, e a mosca-branca, tripes e pulgão, pragas que reduzem a qualidade da fibra em razão dos índices de pegajosidade, atribuindo diferentes perdas, de acordo com sua infestação.

O controle dessas pragas, ervas daninhas e doenças equivale a 38% do custo total de produção das lavouras. A perda média fixa de produtividade é de 5,3%, inviabilizando o cultivo da cultura se não houver um controle efetivo em todo o processo.

O maior desafio dos cotonicultores é a eficiência em oferecer um algodão de qualidade para o mundo todo, frente às ameaças naturais do clima tropical.

Formas de controle

Uma das principais medidas preventivas para pragas é o plantio-isca, que atrai e elimina vetores do plantio definitivo, no entanto, outras medidas preventivas deverão ser tomadas para retardar ou diminuir a intensidade de ataque à cultura, como a destruição de soqueiras, por exemplo.

Uma alternativa viável é a antecipação do preparo de solo em pelo menos 40 dias, eliminando os refúgios de pragas inoculadas e desalojando-as da área. Logo, o controle biológico ocorre predominantemente pelos inimigos naturais da área. Por isso, é importante escolher inseticidas seletivos, como defensivos naturais, e só realizar pulverizações quando necessário.

Manejo biotecnológico

A biotecnologia é capaz de controlar uma planta daninha, ou a ação de um inseto ou fungo, com total especificidade, sem efeitos colaterais em qualquer organismo vivo do ambiente que não seja o alvo, por meio de técnicas de controle de pragas e doenças baseadas na interferência por RNA (RNAi), que permitem essa precisão e podem ser uma alternativa ao controle químico.

O manejo de pragas e doenças pela biotecnologia traz segurança, que é uma das maiores vantagens, pois é possível controlar apenas a espécie desejada sem afetar outras, principalmente as benéficas, como espécies que se comportam como inimigos naturais desta praga, ou mesmo polinizadores, como abelhas e borboletas.

Além disso, é possível realizar análises preliminares para saber se haverá risco de afetar espécies não-alvo.

Outro aspecto positivo da biotecnologia aliada ao controle de pragas é a possibilidade de tratar mais de uma praga de forma simultânea, em que, mesmo se tratando de um inseto e um fungo, pode-se desenhar uma molécula de RNA que contenha a parte da sequência de um gene de um inseto e parte da sequência de um fungo, de modo a afetar estes dois organismos simultaneamente.

Possibilidades

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