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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Manejo de produção da couve-manteiga

Autores

Leticia Rodrigues de Oliveiraleticiaoliveira.agro@gmail.com

Antônio Gabriel Feliciano Santosantoniogabriel219@gmail.com

Graduandos em Agronomia – Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos (UNIFIO)

Adilson Pimentel JuniorEngenheiro agrônomo, mestre em Agronomia e professor – UNIFIOadilson_pimentel@outlook.com

Aline Mendes de Sousa GouveiaEngenheira agrônoma, doutora e professora – UNIFIOalinemendesgouveia@gmail.com

Couve – Crédito: Ana Maria Diniz

A couve-manteiga (Brassica oleracea L. acephala) traz um bom retorno econômico ao produtor rural e até mesmo para aqueles que têm pouca experiência com plantios, pois pode ser cultivada em hortas caseiras ou vasos/jardineiras, pela fácil condução e manejo, assim como baixo custo para a instalação.

Detalhes do manejo

A couve de folha pode ser propagada por sementes ou por mudas, dependendo da cultivar. Um dos métodos preferidos pelos agricultores é a propagação vegetativa, com a formação de mudas a partir de brotos que surgem nas axilas das folhas, na maioria das cultivares. As couves híbridas não produzem brotos, sendo a propagação desta feita via sementes.

Para implantação da cultura, recomendam-se canteiros com 20 a 30 cm de altura e solos descompactados, para o bom desenvolvimento radicular. Este solo deve possuir boa drenagem, de modo que não haja encharcamento.

O espaçamento recomendado em plantios comerciais de couve é de 80 a 100 cm entrelinhas por 50 a 70 cm entre plantas. Apesar de haver preferência de alguns produtores para o cultivo em linhas simples, em algumas regiões podemos encontrar o sistema de cultivo em linhas duplas, com espaçamento de 80 a 100 cm entrelinhas duplas e 40 a 50 cm entrelinhas simples.

Com relação à nutrição mineral, calagem e adubação, é de extrema importância ter em mãos a análise de solo, e de acordo com seu resultado fazer o manejo adequado. Caso haja a necessidade de correções, recomenda-se fazer antes do plantio a incorporação de calcário (30 a 90 dias), elevando a saturação por bases para 80%, o teor de magnésio a um mínimo de 9 mmolc dm-3, e ajustando o pH na faixa de 5,5 a 6.

Para a adubação de plantio recomendam-se adubos orgânicos como 2,0 a 4,0 kg de esterco bovino por m² ou 1 kg por m² de esterco de galinha ou cama de frango, todos bem curtidos, 30 dias antes do plantio.

Para a adubação de cobertura, de acordo com resultados da análise de solo, recomendam-se de 20 a 40 kg ha-1 de N, 5 a 10 kg ha-1 de P2O5 e 10 a 20 kg ha-1 de K2O, porém, parcelar a dose do fertilizante a cada 15 ou 20 dias.

Critérios para um plantio de sucesso

O produtor deve estar sempre atento às condições climáticas e necessidade hídrica da cultura. A falta de água (déficit hídrico) provoca o murchamento das plantas e, juntamente com a insolação, podem acarretar queimaduras nas folhas e nos brotos, causando sua morte. Por outro lado, o excesso de umidade pode causar podridão das raízes e favorecer a incidência de doenças.

Em relação à irrigação da cultura, deve-se levar em consideração fatores como: período de cultivo no ano, ciclo da cultura, tipo de solo, declividade do terreno, capacidade de drenagem e/ou retenção de água e insolação diária.

É necessário realizar periodicamente o monitoramento da cultura a fim de identificar ataque de insetos-praga e a presença de doenças. Para o controle, deve-se utilizar produtos registrados para a cultura, dando muita atenção ao período de carência. Da mesma forma, o controle químico pode ser usado a fim de eliminar plantas daninhas, porém, o mais usual e econômico é a catação manual ou com o uso de ferramentas.

Vem crescendo a área plantada com couve sob cultivo protegido, com maior adensamento entre plantas e a utilização de materiais híbridos. Dessa forma, é realizada a rotação com hortaliças de outras espécies, como pepino, pimentão ou tomate, para evitar ou diminuir a incidência da traça-das-crucíferas, praga que pode causar prejuízos consideráveis para a couve, quando cultivada nestas condições.

Colheita

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