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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Manejo nutricional do limoeiro

Fernando Simoni Bacilieri ferbacilieri@zipmail.com.br

Roberta Camargos de Oliveira robertacamargoss@gmail.com

Engenheiros agrônomos e doutores em Agronomia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Limão – Foto: Pixabay

As necessidades nutricionais de qualquer planta são determinadas pela quantidade de nutrientes que ela extrai durante o seu ciclo. Esta extração total dependerá do rendimento obtido e da concentração de nutrientes nos frutos e nas partes que compõem a planta, ou seja, raiz, caule, folhas, etc.

O limoeiro é considerado uma planta exigente em nutrientes, com solos de boa fertilidade, saturação por bases (V%) acima de 60, preferencialmente de textura média, boa disponibilidade de matéria orgânica (m-org), pH entre 5,5 a 6,5, além de boa disponibilidade de água, por ser um recurso que influencia toda a dinâmica de nutrientes no solo e a capacidade de absorções destes pelas plantas.

Fases

A produção do limoeiro é definida em função da quantidade de plantas por área, número, tamanho e peso dos frutos colhidos, que dependem de três fases muito importantes. Em cada uma delas as plantas têm uma exigência nutricional diferente: indução floral, pegamento de fruto e enchimento deles.

O crescimento e a emissão de novos fluxos vegetativos são fortemente influenciados pela fotossíntese e translocação de fotoassimilados. Existe uma grande competição entre o crescimento de ramos para a nova florada e a formação de frutos, que chega a exigir até 51,6% do total de carboidratos produzidos. Deste modo, quando a produção na safra é alta as plantas crescem pouco e a produção da safra seguinte será afetada.

 A etapa de indução floral é determinante para a produção das plantas e é o resultado final de diversos processos fisiológicos e sequências bioquímicas que são controladas por ações gênicas. Todo esse complexo processo responde e é influenciado por fatores ambientais, principalmente baixas temperaturas e déficit hídrico.

A duração e intensidade do estresse por água e temperatura para indução podem ultrapassar níveis desejados e tornarem-se prejudiciais à cultura. Com limitada disponibilidade de água a absorção de nutrientes dependentes do mecanismo fluxo de massa, como nitrogênio (N), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B), cobre (Cu), manganês (Mn) e molibdênio (Mo) via raiz, fica limitada e a complementação via foliar antes da indução pode ser uma estratégia interessante.

A taxa de fixação de flores em plantas cítricas é muito baixa e varia entre 0,5 e 1,0% apenas do total de flores emitidas, sendo controlada por características genéticas, intensidade de floração, balanço hormonal entre auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abscísico, disponibilidade de nutrientes, produção de fotoassimilados e condições climáticas.

A aplicação de B na fase de pegamento de frutos é bastante contestada no que se refere à capacidade de translocação e de alcançar o alvo desejado. Contudo, sabe-se que, independentemente da forma de aplicação, esse nutriente é fundamental no metabolismo da planta nessa fase.

Níveis adequados de B evitam a atividade da AIAoxidase, garantindo níveis adequados de auxinas que evitam a ação do etileno no abortamento de flores. Entre os processos reprodutivos, o crescimento do tubo polínico e o desenvolvimento da antera são os mais sensíveis à deficiência de B.

Importância do cálcio e nitrogênio

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