O controle biológico tem avançado muito nos últimos anos na cultura de citros, principalmente com o desenvolvimento dos inseticidas microbianos, que podem ser pulverizados intercalados ou consorciados com outros manejos. Isso porque o citricultor não pode dispensar o calendário de aplicações para controle do psilídeo (Diaphorina citri), inseto vetor das bactérias causadoras do greening, principal doença da citricultura mundial.
Em 2019, 19% das árvores do cinturão citrícola brasileiro estavam contaminadas, segundo dados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).
Controle biológico eficiente
Além do manejo químico, o psilídeo também pode ser controlado por inimigos naturais, com destaque para o fungo Isaria fumosorosea, que parasita e mata o inseto. Com base nesse fungo, foi desenvolvido, em parceria da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), do Fundecitrus e da Koppert, o primeiro bioinseticida para controle do vetor no Brasil. O produto foi lançado em 2018 e tem o nome comercial de Challenger.
Outras vantagens do bioinseticida, além de ter sua eficácia comprovada, é que não necessita de carência, tem compatibilidade com acaricidas e inseticidas e reduz o risco de seleção dos psilídeos resistentes aos químicos. Segundo o pesquisador do Fundecitrus, Marcelo Miranda, em ensaios feitos para o lançamento do produto, após o décimo dia de aplicação do Challenger, nas condições ideais de umidade e temperatura, 80% dos psilídeos morreram.
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