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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Milho safrinha

Matheus Fernandes de Limamatheus123w@gmail.com

Marcio Luiz Moura Santomarcio.luiz253@gmail.com

Michael Patrick Ferreira Althmanmichael.althman@unesp.br

Engenheiros agrônomos

Milho – Fotos: Shutterstock

O cultivo de grãos é um dos setores mais importantes da economia brasileira. Dentro desse setor destaca-se cada vez mais a cultura do milho, sendo uma cultura de suma importância para o agronegócio brasileiro.

Muito do sucesso da cultura do milho se dá por conta da modalidade de plantio chamada de safrinha ou segunda safra, que tem crescido muito nos últimos anos, com rendimentos iguais ou superiores aos obtidos nos plantios de verão. Porém, esses ganhos que esse modelo de produção traz nem sempre são alcançados, devido aos riscos que a cultura está sujeita, principalmente relacionados à distribuição e à frequência de chuvas, pragas e doenças.

Segundo dados da CONAB, esperara-se uma produção total de 108,1 milhões de toneladas na safra 2020/2021, gerando um incremento de 5,4% em relação à safra 2019/20, destacando todo seu potencial produtivo e tecnológico.

Fitossanidade em dia

Para manter esses bons números de produção, o ideal é que a cultura do milho esteja livre do ataque de pragas e doenças, o qual pode interferir de forma significativa na produtividade final da cultura, chegando à redução de até 30% do potencial de produção.

Essas pragas e doenças geralmente disseminam com grande facilidade a partir de sementes, raízes e plântulas, podendo diminuir o estande por unidade de área, atacar a parte comercial ou reduzir a área fotossintética, como no caso das doenças de parte aérea. Muitas vezes, esses problemas podem passar despercebidos pelo produtor, que acaba perdendo o tempo correto de controle, ocasionando perdas irreversíveis durante o ciclo da cultura.

No milho safrinha, a incidência de pragas tende a ser maior, necessitando de um cuidado redobrado. Na época de cultivo do milho safrinha, as condições climáticas tendem a ser mais favoráveis para proliferação de problemas fitossanitários. Junto desse fator, a pressão de campo por conta da ininterrupta permanência de algum tipo de cultivo no campo favorece a maior incidência de pragas.

Danos

Os danos causados pelas pragas na fase vegetativa e reprodutiva do milho variam de acordo com o estádio fenológico da planta, condições edafoclimáticas, sistemas de cultivo e fatores bióticos. Nessas fases, a cultura é atacada por várias espécies-praga. A importância desses insetos varia de acordo com o local, ano e sistema de cultivo.

As mesmas pragas da safra de verão podem atacar o milho safrinha, porém, podem ocorrer com intensidades diferentes, isto é, pragas consideradas secundárias na safra de verão podem constituir-se em pragas-chave na safrinha e vice-versa.

As pragas atacam o milho safrinha logo após a emergência da plântula, especialmente os insetos mastigadores, como a lagarta-do-cartucho, a lagarta-elasmo e várias espécies de insetos sugadores, como o percevejo barriga-verde, o tripes, a cigarrinha-verde e a cigarrinha-das-pastagens.

A principal praga da cultura do milho é a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda). Sua importância se dá pelo seu potencial de danos diretamente ao produto comercial, atacando o cartucho, além de poder atacar em outra fase sensível da cultura, no período de plântula. Associado isso, ainda não existe nenhuma tecnologia transgênica que seja eficaz contra essa praga, tornando o seu monitoramento ainda mais importante durante o ciclo da cultura. 

 Outros organismos que podem causar prejuízos durante o ciclo da cultura do milho são os causadores de doenças. No milho, as doenças podem ser provocadas por fungos, bactérias e vírus, sendo intensificadas por fatores ambientais, como temperatura, luz e umidade.

As principais doenças no milho são as que atacam a parte aérea, como cercosporiose (Cercospora zeae-maydis), mancha branca (Phaeosphaeria maydis), ferrugem (Puccinia polysora) e antracnose (Colletotrichum graminicola). Essas doenças podem atuar na parte foliar da planta, diminuindo assim a área fotossintética e prejudicando o desenvolvimento correto da cultura.

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