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sexta-feira, janeiro 24, 2025
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Mudas de café com pseudomonas exigem medidas drásticas de controle

José Braz Matiello

jb.matiello@gmail.com

Saulo R. Almeida

Engenheiros agrônomos da Fundação Procafé

José Renato Dias

Lucas Franco

Engenheiros agrônomos da Fazenda Sertãozinho

Créditos José Braz Matiello
Créditos José Braz Matiello

A doença mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonasseryngaepv. garcae, é problemática em ambientes úmidos e frios, ocorrendo em lavouras no campo e, também, nos viveiros de mudas de café.

O controle desta doença envolve medidas culturais e o controle químico. Este tipo de controle é dificultado por não existir produto bactericida sistêmico capaz de curar a doença quando já instaladanos cafeeiros ou em suas mudas.

Ataque x controle

Nos viveiros, o ataque de Pseudomonas é favorecido pela umidade, pela sombra, pelos ventos e pela adubação nitrogenada. A presença de lavouras vizinhas ao viveiro tende a facilitar o ataque.

Para o controle preventivo nas mudas de café, indica-se o uso de produtos cúpricos, pulverizados quinzenalmente, podendo ser usadas, ainda, aplicações complementares de Kasugamicina e outros produtos novos no mercado, ainda em teste, sendo todos de efeito apenas protetivo.

Os fungicidas cúpricos se mostram eficientes, pois o cobre é tóxico às bactérias. No entanto, apesar desta proteção, é comum escaparem alguns focos da doença nos canteiros e, neste caso, não havendo boas condições de cura, indica-se uma solução drástica, consistindo na eliminação das mudas atacadas tão logo se verifique o ataque.

Se não controlada no viveiro, a mancha aureolada pode provocar lesões nas folhas dos cafeeiros, desfolha e seca de ramagem no campo - Créditos José Braz Matiello
Se não controlada no viveiro, a mancha aureolada pode provocar lesões nas folhas dos cafeeiros, desfolha e seca de ramagem no campo – Créditos José Braz Matiello

Este procedimento de eliminação de mudas foi adotado em viveiro, com bons resultados. Ele se baseia no fato de o inóculo da bactéria, presente nas folhas e caule das mudas, se disseminar para as demais, principalmente pelos pingos da água de irrigação.

Neste procedimento, quando a reboleira é bem definida, devem-se retirar as mudas junto com as sacolas. Assim, quando começa o ataque em mudas salteadas no canteiro, basta arrancar e eliminar as mudas atacadas.

A prática tem mostrado que, embora seja possível recuperar mudas atacadas no viveiro, elas retomam a doença quando levadas ao campo, e aí o problema pode se agravar, chegando mesmo à morte das plantas.

Alternativas

Como medidas paralelas ao controle, deve-se reduzir a irrigação das mudas, cortar temporariamente a adubação nitrogenada e promover o “endurecimento“ das mudas com o uso de triadimenol por meio de rega.

Essa matéria você encontra na edição de maio 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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