Mulching proporciona mais proteção para o repolho

Herika Paula Pessoa – herika.paula@ufv.br

Manoel Nelson de Castro Filho – manoel.nelson@ufv.br

Felipe de Oliveira Dias – felipe.o.dias@ufv.br

Engenheiros agrônomos e doutorandos em Fitotecnia – Universidade Federal de Viçosa (UFV)

O repolho (Brassica oleracea var. Capitata) é uma planta herbácea, bienal e muito consumida no Brasil. Constitui-se em alimento de excelente qualidade, apresentando teores apreciáveis de β-caroteno, cálcio e vitamina C.

O valor nutricional de 100 g de porção comestível de repolho contém, em média, 1,8 g de proteína, 0,1 g de gordura, 4,6 g de carboidrato, 0,6 g de mineral, 29 mg de cálcio, 0,8 mg de ferro, 14,1 mg de sódio, além das vitaminas já citadas.

Os altos rendimentos alcançados na cultura do repolho dependem de boas práticas de manejo e do consumo de grandes quantidades de água e nutrientes ao longo de todo o ciclo de cultivo.

Mudanças recentes no clima levaram à redução da disponibilidade de água para a agricultura em algumas regiões do mundo, o que torna impraticável o cultivo de safras com alto consumo de água nesses locais.

Dessa forma, práticas de manejo, como o uso de mulching, têm promovido resultados satisfatórios na melhoria do desempenho da cultura, da produtividade da água, controle de doenças e da relação solo-planta-atmosfera. Além do aumento da produção, o produtor deve estar atento à qualidade da produção, pois o consumidor tem se tornado cada vez mais exigente.

Benefícios da proteção

Diversos estudos, principalmente em regiões tropicais, comprovam o aumento da produtividade, eficiência do uso da água e da qualidade de hortaliças cultivadas sob cobertura. Os mulchings podem ser formados por resíduos agrícolas (palha, caules); resíduos industriais de madeira (serragem); resíduos de processamento (cascas de arroz), filmes plásticos de polietileno, papel Kraft, polímeros sintéticos, dentre outros.