Mariane Aparecida Rodrigues – Engenheira agrônoma, mestre e doutora em Fitotecnia e sócia administradora da Agroaki – marianerodriguesst@gmail.com
A pitaia possuiu alto valor e tem se destacado como cultura exótica de beleza, potencial nutricional e sabor muito apreciados, além de surgir aos produtores como forma de diversificação da produção e uma nova fonte de renda. Diversos países, como o Brasil, têm começado a produzir e comercializar a fruta, e ressalta-se que ainda existe um potencial de produção muito alto no País, visto que apenas 0,02% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros produzem a frutífera.
Em relação às espécies de pitaia mais cultivadas no mundo, a distribuição se dá da seguinte forma: Hylocereus undatus 71,5% (casca rosa polpa branca), Hylocereus costariensis 20,75% (poupa e casca rosa) e Selenecereus megalanthus 7,8% (casca amarela e polpa branca). Não foram encontrados dados para Hylocereus polyrhizus (polpa e casca rosa). No Brasil, as mesmas espécies são as mais cultivadas, porém, ainda não há relatos dessa proporção.
Em relação à área de cultivo no mundo, existe um total explorado de 13.936 hectares e a cultura está espalhada por diversos países. Quanto ao Brasil, não há dados que relatem a área cultivada, porém, o que se sabe é que no País, entre os anos de 2009 e 2018, o volume comercializado aumentou cerca de 820%.
Importância econômica
Considerando a produção anual no ano de 2017, que é o dado mais recente fornecido pelo IBGE, foram produzidas 1.493,19 toneladas no Brasil, valor ainda muito pequeno para um País com tão grande potencial.
Porém, os dados sobre a cultura podem surpreender, visto que o plantio tem crescido demasiadamente nos últimos anos, e quanto à produtividade também há um destaque, pois pode-se alcançar cerca de 25 a 30 toneladas por hectare sob condições climáticas ideais, após os três anos de implantação.
O cultivo da pitaia no Brasil iniciou-se na década de 90, com concentração no Estado de São Paulo. Hoje, a maior produção ainda se concentra no Sudeste. No ano de 2017, essa região foi responsável por cerca de 812,64 toneladas, correspondendo a 54,42% do total, segundo o Censo Agropecuário.
Isso se deve à boa adaptabilidade climática da cultura no local, como também à maior demanda ocorrer nessa região, onde consumidores têm grande interesse por frutas exóticas.
Financeiramente falando
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