Lucas Guilherme Araujo Soares – Graduando em Agronomia – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA/Capitão Poço) – lucasifpa@gmail.com
Thiago Feliph Silva Fernandes – thiagofeliph@hotmail.com
Antonio Santana Batista de Oliveira Filho – a15santanafilho@gmail.com
Mestrandos em Agronomia/Produção Vegetal – FCAV/UNESP

O agronegócio é um dos principais pilares da economia brasileira. Em 2019, o setor movimentou R$ 1,55 trilhão, na qual representa 21,4% do total do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, realizada em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA, 2020). Dentre os segmentos, a fruticultura vem apresentando uma evolução contínua, principalmente na produção de frutas, seja in natura ou processadas.
De acordo com dados da Food and Agriculture Organization (FAOSTAT, 2018), o Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas. Estima-se que o volume da sua produção em 2016-2018 superou 40,5 milhões de toneladas, o que representa uma participação de 4,6% da produção mundial, gerando US$ 858 milhões, perdendo apenas para China e o Chile, primeiro e segundo, respectivamente.
Apesar de o setor frutícola nacional ser caracterizado por métricas positivas, é de se salientar que o setor está centralizado nas culturas da banana e laranja, que somadas correspondem a 61% da área frutícola plantada. Mas, alicerçar a produção frutícola em sua maioria em apenas duas espécies traz um sério risco, pois o produtor fica sujeito a oscilações dos mercados e problemas fitossanitários.
Neste contexto, ampliar a produção de outras espécies tropicais cultivadas (exóticas e nativas) constitui uma estratégia promissora para a diversificação da cadeia produtiva do produtor. Dentre essas frutas, a graviola (Annona muricata Linn) vem ampliando seu destaque, principalmente em mercados frutícolas latino-americanos e asiáticos.
Quem é ela
A Annona muricata Linn é uma espécie frutífera, que de acordo com a cultura local pode ter variados nomes populares, porém, frequentemente é conhecida como “graviola”, “guanabana”, “pata-pata”, “sopa azeda”, etc.
Nativa das regiões das América do Sul e Central, mais precisamente dos vales peruanos, caracteriza-se por ser uma árvore perene, de médio porte (variando entre cinco a oito metros de altura), apresentando fuste ereto, ramificações assimétricas com copa aberta e arredondada, folhas grandes com forma oblongo-lanceoladas ou elípticas.
Os frutos são uma baga composta ou sincarpo, cujo peso oscila entre 400 g a 10 kg em formato de coração e de cor verde-escuro (variando entre 15 a 20 cm) (Moghadamtous, 2013).
Importância econômica
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