Autores
Luiz Henrique Santos da Silva – Técnico em Agropecuária e graduando em Agronomia – Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral (FAEF, Garça – SP) – luizhenriquesantosdasilva.lh@gmail.com
Marcelo de Souza Silva – Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia/Horticultura e professor – FAEF – Garça – mrcsouza18@gmail.com

O Brasil é o maior produtor de feijão (Phaseolus vulgaris L) do mundo. No entanto, a produtividade brasileira é muito baixa – em torno de 817 kg ha-1, valor muito aquém do potencial genético que a cultura pode atingir, de acordo com a cultivar, até 4.000 kg ha-1.
A adoção de novas tecnologias nos sistemas produtivos visa reduzir os custos de produção, além de aumentar a produtividade e a viabilidade de cultivo em regiões com algum tipo de restrição, como a hídrica, por exemplo. Entre as tecnologias empregadas no feijoeiro, destacam-se a aplicação de bioestimulantes (misturas de reguladores vegetais naturais ou sintéticos, microrganismos e/ou compostos de natureza química).
Quando aplicados exogenemente, os bioestimulantes possuem ações similares aos grupos de hormônios vegetais conhecidos. As auxinas, as giberelinas, as citocininas e o etileno estão entre os principais hormônios vegetais de uso exógeno, com diferentes particularidades, podendo atuar sobre o crescimento e desenvolvimento de plantas, incluindo a divisão celular e elongamento, diferenciação, tropismos, dominância apical, senescência, abscisão e florescimento (auxinas e giberelinas), além do desenvolvimento vascular e mobilização de nutrientes (citocininas).
Já o etileno é empregado visando principalmente o amadurecimento das plantas. Além desses efeitos, os bioestimulantes podem tornar as plantas mais resistentes aos estresses ambientais.
Benefícios
A aplicação dos bioestimulantes no feijão-comum cv. IPR Andorinha proporcionou maior número de vagens e comprimento das plantas de feijoeiro, comparativamente ao controle. Os estudos apontam ainda que estes bioestimulantes aplicados no tratamento de sementes resultaram em incrementos nos componentes produtivos da planta.
Nas cultivares de feijoeiro Pérola, BRS Horizonte e BRS Pontal, a aplicação de bioestimulante no condicionamento fisiológico de sementes resultou em maior comprimento de raiz; porém, redução na taxa e velocidade de germinação e emergência de plântulas. Os estudos indicaram ainda aumentos nas taxas de crescimento da raiz e das plântulas.
A aplicação do bioestimulante em feijão-comum cv. Pérola, via foliar, na fase vegetativa ou no início da fase reprodutiva, pode acarretar em incrementos na nodulação, crescimento radicular e nos conteúdos de açúcares solúveis e de aminoácidos totais. Vale destacar que a aplicação do bioestimulante depende não só da dose e época/forma de aplicação, mas também de outros fatores, como condição de cultivo e estresses, aos quais as plantas são submetidas no momento da aplicação.
Manejo
O uso dos bioestimulantes na cultura do feijoeiro pode acontecer antes da semeadura ou após a instalação da lavoura no campo, por meio de pulverizações com estes produtos, visando atingir diferentes resultados.
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