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quarta-feira, maio 7, 2025
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Sarna da macieira exige atenção

Daniele Maria do NascimentoEngenheira agrônoma e doutora em Agronomia/Proteção de Plantas – UNESP

Marcos Roberto Ribeiro Junior Engenheiro agrônomo e doutorando em Agronomia/Proteção de Plantas – UNESPmarcos.ribeiro@unesp.br

Adriana Zanin KronkaEngenheira agrônoma, doutora em Agronomia/Fitopatologia e docente – UNESP

Maçã – Crédito: Aires Carmem

Agora é a época em que os pomicultores começam a se preparar para o inverno. As macieiras entram em hibernação, mas os patógenos continuam à espreita, e um deles, que merece toda a atenção, principalmente nesta época, é o fungo Venturia inaequalis, agente causal da sarna da macieira.

Presente em todos os países que cultivam maçãs, a doença chegou ao Brasil em 1950, no estado de São Paulo, e hoje encontra-se disseminada em todas as regiões produtoras. Em ambientes favoráveis ao seu desenvolvimento (alta umidade e temperatura amena), as perdas podem chegar a 100%.

Em regiões mais quentes, a doença quase não tem importância. Mas a severidade com que a doença irá afetar as macieiras depende de vários fatores, além das condições climáticas, como por exemplo, a quantidade de inóculo presente nas folhas.

O patógeno é facilmente disseminado pelo vento e a disponibilidade de água livre sobre as folhas e temperatura amena (entre 15,5 a 21ºC) favorecem a germinação dos ascósporos, estruturas de reprodução do fungo. As folhas novas são mais predispostas à infecção e, a partir da sexta folha, observa-se uma maior resistência. Na prática, a macieira está suscetível à infecção nos estádios fenológicos de C (pontas verdes) a J (estádio final).

Sintomas

Os sintomas ocorrem principalmente nas folhas e frutos. Nas folhas, são lesões circulares de coloração verde-oliva em ambas as superfícies foliares, que vão escurecendo e podem coalescer, tomando toda a superfície foliar.

Nos frutos novos ocorrem pequenas lesões circulares, mas, posteriormente, o fruto torna-se deformado e cai precocemente. Quando frutos já maduros são infectados, a doença é chamada de “sarna de verão”, e as lesões continuam a progredir mesmo durante o armazenamento em temperaturas mais baixas. Os ramos também podem apresentar lesões e cancros.

Ciclo

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