Autores
Adilson Pimentel Junior – Engenheiro agrônomo, doutorando na Unesp/Botucatu e docente – Unifio/Ourinhos –adilson_pimentel@outlook.com
Maria Eduarda Viganó – Engenheira agrônoma e mestranda – Unesp/Botucatu – duddavigano@gmail.com
Os nematoides parasitas de plantas podem ser encontrados em diversas culturas agrícolas de valor comercial, como: soja, milho, feijão, cana-de-açúcar, café, eucalipto, olerícolas e frutíferas. Em função disso, podem restringir as opções do produtor rural nas culturas de rotação e nos manejos empregados para reduzir a população de nematoides em determinada área.
Sintomas e prejuízos
Os sintomas de infestação de nematoides podem ser observados acima e abaixo do solo. Os sintomas observados na parte aérea podem ser divididos em duas categorias: danos provocados por nematoides que parasitam folhas, caule e flores e os danos reflexo dos nematoides que atacam o sistema radicular.
Os sintomas ocasionados por nematoides de parte aérea podem ser específicos, como: folhas estriadas, amareladas e descoloração das folhas; necrose interna do caule, adquirindo forma de anel-vermelho, necrose nas inflorescências; engrossamento, enrugamento e crescimento desorganizado dos tecidos.
Os sintomas reflexos dos nematoides parasitas das raízes podem ser confundidos com a falta de água e nutrientes. Os danos observados incluem clorose e má formação das folhas; crescimento irregular e reduzido; redução da área da folhagem; murcha prolongada durante os períodos mais quentes do dia; definhamento de plantas perenes; redução do tamanho de frutos e sementes e baixa produção.
Os sintomas observados no sistema radicular incluem: formação de galhas nas raízes; raízes reduzidas e grossas; lesões; necrose e apodrecimento das raízes ou tubérculos; fendas nas raízes; deformação e alteração na arquitetura das raízes.
Ação do silício
A utilização do silício vem despertando interesse dos pesquisadores devido aos inúmeros benefícios que contribuem para o bom desenvolvimento da planta, incluindo aumento na produtividade e a resistência a estresses bióticos e abióticos, como pragas e doenças.
Na planta, o silício atua no mecanismo de defesa, auxiliando no acúmulo de compostos fenólicos, lignina e proporciona a ativação de enzimas responsáveis pela resistência e fitoalexinas.
Estudos apontam o silício como propulsor na indução de resistência, aumentando o acúmulo de derivados de lignina-ácido tioglicólico e das enzimas fenilalanina-amônia-liase, peroxidase e polifenoloxidase. Com isso tornando a parede das células mais lignificadas e dificultando a penetração dos patógenos e a formação do sítio de alimentação, devido a produção de fitoalexinas e a síntese de proteínas relacionadas com a quitinase.
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