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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Sistema de cultivo mínimo

Jose Geraldo Mageste jgmageste@ufu.br

Wedisson Oliveira Santos wedisson.santos@ufu.br

Araína Batista Hulmann Batista araina@ufu.br

Professores do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Eucalipto – Crédito Fibria

As práticas silviculturais no Brasil foram estabelecidas inicialmente, no final da década de 1970, tipicamente seguindo padrões agronômicos convencionais de preparo de solo e manejo de resíduos.

Foi comum, por muito tempo, o intenso revolvimento do solo com aração e gradagem (camada superficial), enleiramento e queima de resíduos. As recomendações eram genéricas, não consideravam variações regionais de clima, solo ou material genético (Gonçalves, 2009).

Em muitos casos, eram necessários tratores de esteira de grandes potências. Na década de 1980 algumas organizações usavam uma grade Bedding para formar camalhões, produzindo diques. Isto em pleno Cerrado! Este modelo era cópia fiel da silvicultura estadunidense, principalmente da Flórida e do Arkansas, onde havia muitos cultivos em áreas de pântanos. Assim, o camalhão evitava que as raízes passassem por restrições de oxigênio (“falta de ar”).

Nesses cenários, havia certa dificuldade de acertar no manejo de adubação dos povoamentos devido ao desafio de se estabelecer locais preditivos da fertilidade do solo para a coleta de amostras, tendo em vista o “carnaval” de substratos que se formava entre o camalhão e a entrelinha.

Influência direta

Muitos são os fatores que influenciam o preparo do solo para plantio de árvores como o eucalipto, desde a capacidade de investimento da organização ou do silvicultor, até condições edafoclimáticas como o relevo, a classe textural do solo (arenoso, argiloso, siltoso, etc.), vegetação predominante na área a ser cultivada e regimes hídricos.

Neste ponto, vale uma observação – fazer destocas não é aconselhável para os plantios, seja para renovação dos povoamentos, ou para os novos. Em outras palavras, os principais tipos de preparo do solo (ou sequência de operações) são recomendados para terrenos planos ou inclinados e para áreas “sujas” ou “limpas”, no que diz respeito à vegetação pré-existente.

Considerando as características dos solos utilizados, a quantidade e qualidade de argila (baixa ou alta atividade, com maior ou menor pegajosidade, plasticidade e consistência) vão influenciar muito no rendimento e qualidade das operações.

As novas demandas, no que diz respeito à conservação do solo e da água, têm levado produtores a aderirem cada vez mais a modelos conservacionistas de produção. Há uma certa urgência em diminuir a degradação dos solos, e as preocupações com a preservação ambiental têm sido acompanhadas pelo desenvolvimento de novas tecnologias de produção, como por exemplo, o uso de herbicidas e maquinários adaptados a sistemas de cultivo mínimo (SCM).

Propõe-se que neste sistema de cultivo os restos vegetais sejam mantidos sobre o solo (serapilheira e sobras da colheita), que sofre um preparo parcial: apenas nas linhas de plantio ou nas covas.

Vantagens do eucalipto

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