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domingo, maio 11, 2025
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Sobrevivência de esporos da ferrugem na ausência de alho

Leandro Luiz MarcuzzoProfessor e pesquisador – Instituto Federal Catarinense – IFC/Campus Rio do Sulleandro.marcuzzo@ifc.edu.br

Gilmara Elisa dos SantosGraduanda em Agronomia – IFC/Campus Rio do Sul

No Brasil, a cultura do alho (Allium sativum L.) ocupou, em 2018, uma área de 10.657 hectares, com uma produção de 118.837 toneladas e um rendimento médio de 14.257 kg/ha. A cultura tem destaque entre as hortaliças de maior expressão econômica do País e constitui atividade socioeconômica de grande relevância para os Estados da região sul e sudeste.

O Estado de Santa Catarina compreende a 4ª maior área de cultivo e na safra 2018 a produção atingiu 16.250 toneladas, numa área plantada de 1.771 hectares, com um rendimento médio de 9.176 kg/ha (IBGE, 2018).

Fitossanidade

A ferrugem do alho, causada por Puccinia porri (Sowerby) G. Winter (sin. Puccinia allii), é uma das principais doenças da cultura e comumente encontrada em todas as regiões produtoras, mas com mais intensidade no Sul e Sudeste do Brasil, onde a doença promove a destruição da parte aérea da cultura.

Os sintomas apresentam pústulas amarelas devido à produção de uredósporos. Sob condições favoráveis ao desenvolvimento da doença, as pústulas podem ocupar a lâmina foliar, fazendo com que a folha seque (Figura 1).

Em um estágio mais avançado da doença, a formação de uredósporos (esporos infectivos) é menor e a produção de teliósporos ocorre, o que confere às pústulas uma cor marrom escura ou preta.

Folhas com alto índice de severidade podem se tornar amareladas e morrer , causando depauperamento das plantas, com formação de bulbos de tamanho reduzido (Becker 2004; Massola Jr. 2011; Pavan et al. 2017).

Condições para a doença

Temperaturas entre 10 e 24ºC e períodos prolongados de molhamento foliar favorecem o desenvolvimento da doença, sendo que o ideal é de 16 a 21°C e acima de quatro horas de molhamento foliar.

Temperaturas abaixo de 10ºC e acima de 24ºC desfavorecem o desenvolvimento da doença, que tem maior intensidade quando o índice pluviométrico é menor (Massola Jr. et al., 2011; Napier, 2012; Pavan et al. 2017). O vento é o principal disseminador dos esporos, enquanto que a chuva contribui para fazer a deposição dos esporos suspensos no ar (Becker, 2004).

Experimentos

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