O uso do Trichoderma spp. é uma ferramenta no aumento de produtividade e sustentabilidade, pois atua no controle de patógenos e estimula o crescimento
Em meio a tantas adversidades em cultivos agrícolas, distintas alternativas de manejo têm buscado proporcionar aumento produtivo aliado à sustentabilidade da lavoura. Tradicionalmente cultivado nas regiões sul do Brasil, o trigo é uma complexa cultura em que, além de suprir as necessidades das plantas, é essencial manejar pragas e doenças que podem reduzir sua produtividade.
Uma das ferramentas disponíveis visando o aumento de produtividade do trigo e a sustentabilidade da cultura é o uso do Trichoderma spp., que é conhecido e estudado no controle de patógenos de plantas. Além deste, tem sido observado que algumas linhas deste fungo mostram capacidade de estimular diretamente o crescimento vegetal, se estabelecendo na rizosfera.
Conforme destacado por Oliveira (2017), a promoção de crescimento por Trichoderma decorre da colonização rizosférica (rizocompetência) e produção de substâncias estimuladoras do crescimento vegetal, bem como da solubilização de nutrientes presentes nas proximidades das raízes, tornando-os assimiláveis.
O fungo também é reconhecido no controle de inúmeros fungos fitopatógenos, pois atua com eficiência nos patógenos que possuem estruturas de resistência consideradas difíceis de serem atacadas por microrganismos.
Atuação
Tendo em vista a funcionalidade do Trichoderma spp. e as vantagens da utilização do fungo, alguns autores, a exemplo de Pradebon (2016) e Oliveira (2017), têm estudado a influência do fungo na produtividade do trigo.
Oliveira (2017), avaliando diferentes cepas comercias de Trichoderma observou considerável aumento da produtividade do trigo com o uso do fungo em comparação à testemunha. As cepas avaliadas pela autora foram: Trichoderma harzianum IBLF 006 WP; Trichoderma harzianum IBLF 006 SC; Trichoderma harzianum ESALQ 1306 e Trichoderma asperellum URM 5911. Além dessas, a autora também avaliou um fertilizante organomineral (Qualytus SCP) (Oliveira, 2017).
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